BOMBA: Pedido de Impeachment Contra Flávio Dino é Protocolado por Crime Grave

Pedido de impeachment contra Flávio Dino expõe quebra de imparcialidade no STF

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou nesta quinta-feira (15) um pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. A representação foi enviada ao Senado Federal e acusa o ministro de crime de responsabilidade, ao atuar de forma político-partidária — o que é vedado a membros do Judiciário.

A acusação tem como base uma declaração feita por Dino durante uma aula magna no Centro Universitário UNDB, em São Luís (MA). No evento, o ministro sugeriu a formação de uma “chapa imbatível” para as eleições de 2026 no Maranhão. A fala ocorreu diante de estudantes, do vice-governador Felipe Camarão (PT) e da professora Teresa Helena Barros.

“É um prazer te ver, Felipe. Em nome dessa amizade, quero te dar uma sugestão: coloque a Teresa como vice-governadora, que essa chapa vai ficar imbatível, porque essa mulher é popular”, afirmou Dino.

Dino também citou o professor Arnaldo Vieira Sousa como possível nome a compor a chapa. Para Nikolas, essas declarações ultrapassam os limites da liberdade de expressão pessoal e configuram interferência indevida no processo político local.

Nikolas aponta uso do cargo para influência política

Segundo o parlamentar, a postura do ministro indica que ele mantém vínculos políticos ativos, mesmo após sua posse no STF, ocorrida em fevereiro. No texto da representação, Nikolas destaca:

“O indigitado agente público não apenas rompeu com o dever de neutralidade, como utilizou evento institucional, sua visibilidade pública e sua autoridade de ministro do Supremo Tribunal Federal para interferir diretamente na seara política do Maranhão.”

Além disso, o deputado menciona um vídeo em que o vice-governador Camarão diz: “nós elegemos 26 vereadores em São Luís, em 2024”, citando os nomes de Lula, Brandão, Dino e Camarão como integrantes do mesmo grupo político. Para Nikolas, essa fala reforça a tese de que Dino continua influenciando ativamente nas articulações regionais, contrariando a imparcialidade exigida por sua nova função.

Defesa tenta minimizar, mas Nikolas prepara nova denúncia

Aliados de Flávio Dino afirmam que a declaração teve tom de brincadeira, negando conotação política. No entanto, Nikolas Ferreira afirmou que também levará o caso ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo ele, o histórico político de Dino exige vigilância redobrada quanto à conduta e neutralidade.

“A imparcialidade de um ministro do STF não pode ser questionada por declarações desse tipo. Estamos diante de um grave desvio de conduta.”

A repercussão do caso promete tensionar ainda mais a relação entre o Legislativo e o Judiciário, reacendendo o debate sobre ativismo judicial e limites da atuação política de ministros da Corte.

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