Política
Hugo Motta avalia incluir na pauta projeto que derruba aumento do IOF
Hugo Motta avalia votação de proposta que revoga aumento do IOF
A possível derrubada do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) segue indefinida na Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a deliberação pode ocorrer neste domingo (8), em reunião com líderes partidários e integrantes da equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo Motta, a inclusão do projeto na pauta de votação da próxima terça-feira (10) dependerá de consenso entre as lideranças parlamentares. “Vamos ouvir os líderes após a apresentação das medidas do governo para decidir sobre o Projeto de Decreto Legislativo. Se houver acordo, pode entrar na pauta de terça”, afirmou após evento com empresários em São Paulo.
Governo Lula enfrenta resistência no Congresso após aumento do IOF
O aumento do IOF foi anunciado por decreto há duas semanas, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A medida impacta diretamente operações de crédito empresarial e compra de moeda estrangeira, gerando reação imediata no Congresso. Parlamentares apresentaram mais de 20 projetos na Câmara e no Senado com objetivo de sustar o decreto.
A iniciativa do governo pretende reforçar a arrecadação federal. A equipe econômica estima que a medida pode injetar até R$ 20 bilhões nos cofres públicos em 2025. Contudo, alterações no texto original – como a exclusão de fundos nacionais aplicados no exterior – devem reduzir esse valor em aproximadamente R$ 1,4 bilhão.
Haddad, Alcolumbre e Motta discutem alternativas à alta do IOF
Em meio às críticas, o ministro Fernando Haddad se reuniu com Motta e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para negociar alternativas. Durante o encontro, ficou definido um prazo de dez dias para que o Planalto apresente soluções estruturais em substituição ao aumento do imposto.
A equipe econômica alega que a elevação do IOF é necessária para evitar o risco de paralisação de serviços públicos, caso a arrecadação não seja reforçada. Segundo Haddad, a retirada da medida causaria impacto direto no funcionamento da máquina estatal. “Ficaríamos em um patamar delicado para o funcionamento do Estado”, afirmou.
Reforma administrativa entra na pauta de negociações
Durante discurso a empresários, Motta declarou que pretende propor a redução de isenções e subsídios fiscais como parte da compensação. Ele também defendeu o avanço da reforma administrativa, travada há anos no Congresso, como medida estruturante para o equilíbrio das contas públicas.
A reunião deste domingo pode ser decisiva. Representantes da Câmara e do Senado são esperados, mas a presença de senadores ainda não foi confirmada. O presidente Lula, ao ser questionado na França sobre o impasse, declarou: “Você pode estar certo de que vai acontecer exatamente o que acertamos. Sem conflito, apenas com diálogo”.
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