Líder do MST propõe envio de militantes à Venezuela em meio a tensão com os EUA

João Pedro Stédile articula apoio à Venezuela em meio à tensão com os EUA

O líder nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, declarou que militantes da América Latina estão se organizando para formar brigadas de apoio à Venezuela. A proposta surgiu em meio ao aumento das tensões entre o regime de Nicolás Maduro e os Estados Unidos.

Proposta foi apresentada durante evento internacional

A ideia foi apresentada durante o “Congresso Mundial em Defesa da Mãe Terra”, realizado entre os dias 8 e 10 de outubro em Caracas. O encontro reuniu representantes de esquerda de 65 países, todos alinhados com regimes autoritários ou socialistas.

Em entrevista à Rádio Brasil de Fato, Stédile afirmou que os movimentos sociais pretendem enviar militantes para colaborar com o governo venezuelano. Apesar de reconhecer que não possuem formação militar, os integrantes estariam dispostos a realizar atividades como plantio, preparo de alimentos e apoio logístico à população em caso de conflito com os Estados Unidos.

MST quer atuar ao lado do regime de Maduro

A proposta ocorre no momento em que os Estados Unidos avaliam enviar tropas à Venezuela sob o argumento de combater o narcotráfico. O presidente Donald Trump autorizou que a CIA realize operações secretas no país, governado pelo ditador Nicolás Maduro.

Segundo Stédile, a mobilização tem caráter solidário e político. A assessoria do MST confirmou ao Poder360 que a proposta está em debate interno e ainda não há uma decisão definitiva sobre sua execução. “Não há definição encaminhada sobre como essa colaboração será conduzida”, declarou a nota oficial.

Movimento já atua na Venezuela com projetos agrícolas

O MST já mantém atividades em território venezuelano. Em 2024, o movimento iniciou o projeto “Gran Pátria del Sur”, enviando militantes sem-terra para trabalhar na produção de alimentos. Segundo Stédile, a ação visa fortalecer a agricultura no país vizinho e manter a aliança ideológica com o regime bolivariano.

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