Polêmica: Nísia Trindade associa desperdício de vacinas ao governo Bolsonaro

Ministra Nísia Trindade atribui a perda de vacinas à gestão de Bolsonaro

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, apontou dedos à administração anterior, liderada por Jair Bolsonaro, ao discutir as dificuldades enfrentadas com estoques de vacinas prestes a vencer. Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, Trindade foi confrontada por deputados de oposição sobre a sua atual gestão das políticas de saúde.

Ao assumir o cargo, Nísia Trindade encontrou um cenário desafiador: 12,5 milhões de doses de vacinas com a validade próxima do término. Segundo a ministra, esse foi um legado do governo Bolsonaro, marcado por uma suposta negligência na gestão das vacinas. “Todas as medidas foram tomadas contra o desperdício do governo anterior,” enfatizou Trindade, criticando a gestão de seu predecessor, Marcelo Queiroga.

A sessão na Câmara foi palco de acalorados debates. Deputado Kim Kataguiri (União-SP) questionou a eficácia da ministra em lidar com a pandemia de covid-19 e a campanha de vacinação contra a dengue, alegando que a gestão atual havia reduzido significativamente o orçamento comparado ao período Bolsonaro. Essas alegações vêm em um momento delicado, quando o governo enfrenta pressões para cortar gastos, incluindo potenciais reduções nos pisos da saúde e educação.

Nísia Trindade, em sua defesa, ressaltou os esforços para restabelecer o orçamento da saúde, afirmando que, sob sua liderança e com o apoio do presidente Lula, houve uma revitalização no financiamento do setor. “Não sou nem otimista nem pessimista, sou uma pessoa responsável, consciente da minha responsabilidade como ministra,” declarou, evitando comentar sobre os rumores de cortes no orçamento.

A audiência reflete as complexidades e desafios enfrentados pela gestão atual no manejo das políticas de saúde pública. Enquanto a ministra Nísia Trindade busca atribuir os problemas encontrados à administração anterior, críticos apontam omissões e falhas contínuas que necessitam de atenção urgente para evitar repercussões futuras na saúde pública brasileira.

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