Política
Governo Lula acuado: Ministro da CGU evita respostas diretas sobre escândalo no INSS

CGU sob pressão após denúncias de fraudes no INSS expõem omissões e conflitos no governo Lula
À frente da Controladoria-Geral da União (CGU), o ministro Vinicius Carvalho enfrenta forte desgaste desde que vieram à tona as fraudes bilionárias no INSS, reveladas em operação conjunta com a Polícia Federal. A crise gerou embates internos no governo Lula, incluindo críticas diretas do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que atribuiu parte da responsabilidade à falta de alertas à equipe da Previdência — então liderada por Carlos Lupi, afastado em meio ao escândalo.
Durante entrevista ao jornal O Globo, Carvalho evitou respostas diretas sobre possíveis falhas da CGU. Em vez disso, reforçou que sua missão, atribuída por Lula, é “ser intolerante com fraudes, desvios e corrupção”. Segundo o ministro, havia três opções: ignorar o problema, agir superficialmente ou investigar com rigor. “Optamos pela terceira”, disse.
Em relação às acusações de omissão, Carvalho afirmou que houve reuniões com secretários da Previdência e que todos sabiam da auditoria em andamento. O Tribunal de Contas da União (TCU), segundo ele, também já havia se manifestado. “A informação de que as pessoas não sabiam não procede”, declarou. Ele destacou que a CGU realiza cerca de 600 auditorias por ano e, quando há indícios de crimes, aciona a Polícia Federal. “Foram 739 operações conjuntas em 20 anos.”
Questionado sobre sua relação com Rui Costa, após os atritos públicos, Carvalho evitou embates e afirmou não ter problemas com o colega. Limitou-se a dizer que ambos “gostariam que o problema tivesse sido detectado antes”.
CGU culpa governo anterior, mas evita detalhar fraudes no INSS
Carvalho atribuiu a origem das fraudes a acordos firmados entre 2021 e 2022, ainda no governo Bolsonaro. De acordo com ele, isso explicaria o aumento expressivo dos descontos nos benefícios apenas em 2023, já sob o governo Lula. “Se monto um esquema em 2021 e 2022, em que ano os descontos iam estourar? Em 2023”, argumentou, sem apresentar detalhes sobre o esquema.
O ministro também foi questionado sobre suposta blindagem a entidades ligadas ao governo atual, como Contag e Conafer. Ambas foram citadas nas investigações, mas não tiveram recursos bloqueados. Carvalho negou favorecimentos e garantiu que os bloqueios ocorreram apenas contra entidades formalmente responsabilizadas. “Se aparecer indício de propina, o processo será aberto no dia seguinte”, afirmou.
Outro ponto sensível foi a transparência prometida por Lula. Apesar do discurso de abertura de dados, o Ministério da Gestão restringiu acesso a mais de 16 milhões de documentos públicos. O chefe da CGU admitiu o erro, mas justificou a medida como uma “precaução dos servidores com dados sensíveis”. Segundo ele, o problema já foi corrigido.
“Não temos compromisso com o erro”, concluiu o ministro, tentando dissipar as críticas sobre a falta de transparência no governo.
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