Política
Eduardo Bolsonaro rompe o silêncio sobre a permanência no mandato

Eduardo Bolsonaro garante que não renunciará ao mandato
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste domingo (20) que não renunciará ao mandato na Câmara dos Deputados. A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube, encerrando as especulações sobre sua saída definitiva do Parlamento.
Em março, Eduardo havia solicitado uma licença de 120 dias, alegando perseguição política e se mudado para os Estados Unidos. O prazo da licença encerrou neste domingo (20), mas o deputado assegurou que ainda tem margem para estender sua ausência. “Se eu quiser, eu consigo levar meu mandato, pelo menos, até os próximos três meses. Eu não vou fazer nenhum tipo de renúncia”, afirmou.
Com o término da licença, o retorno de Eduardo à função parlamentar ocorre automaticamente, sem necessidade de formalização, segundo a Câmara. Caso não entregue formalmente uma renúncia até esta segunda-feira (21), ele volta a receber o salário de R$ 46,3 mil como deputado.
Mesmo fora do Brasil, Eduardo não corre risco imediato de perder o cargo. A legislação permite faltas em até um terço das sessões plenárias no ano. Até o momento, ele acumula quatro ausências não justificadas, com 44 sessões ainda permitidas para faltar, conforme lembrou o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Durante a semana, o parlamentar chegou a indicar a possibilidade de renúncia. “Se eu voltar, o Alexandre vai me prender”, disse à Folha, referindo-se ao ministro do STF Alexandre de Moraes. Ele também afirmou que poderia simplesmente deixar o tempo correr até atingir o limite de faltas permitido.
Eduardo ainda mencionou um projeto do deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES), que prevê o exercício remoto do mandato a partir do exterior. A proposta, no entanto, está parada na Mesa Diretora da Câmara, sem previsão de votação.
Alvo de inquérito no STF
O comportamento do deputado resultou na abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República. A investigação envolve suspeitas de coação no curso do processo, obstrução de investigação e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.
Eduardo estaria atuando junto ao governo americano para pressionar ministros do STF. Segundo a PGR, o objetivo seria coagir a Corte e beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe.
No sábado (19), Eduardo usou as redes sociais para agradecer ao presidente dos EUA, Donald Trump, por supostamente revogar vistos de ministros brasileiros. “De garantido só posso falar uma coisa: tem muito mais por vir!”, escreveu no X (antigo Twitter).
Críticas ao governo Lula e defesa de tarifa sobre produtos do Brasil
Em entrevista à CNN, Eduardo voltou a criticar o governo Lula e defendeu a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros exportados aos EUA. Segundo ele, a medida de 50% “não é o cenário desejado, mas é a única esperança que resta”. Ele afirmou lamentar que “o povo brasileiro tenha que pagar essa conta”.
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