Moraes se defende e nega acelerar ação sobre “trama golpista”

Ministro do STF afirma que processo da “trama golpista” seguiu trâmite regular

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (14) que a ação penal sobre a chamada “trama golpista” tenha sido acelerada. Segundo Moraes, os processos na Corte seguem critérios técnicos e não há favorecimento ou preferência por parte do tribunal.

A declaração foi feita durante um encontro com influenciadores digitais nas dependências do Supremo. Durante o evento, o humorista Mizael Silva questionou o ministro sobre a velocidade do julgamento em comparação com as investigações de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

— Entre investigação, denúncia e processo, vamos completar quase dois anos. A questão do INSS não tem seis meses. Comparar situações distintas é muito complicado. Não se pode dizer que um processo foi mais rápido que o outro — afirmou Moraes.

O ministro explicou que a condução das investigações cabe à Polícia Federal (PF), enquanto a apresentação das denúncias depende da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele destacou que os prazos variam conforme o caso.

— Não há qualquer predileção por um lado ou outro. Tudo depende do procedimento, do relator e das provas apresentadas. Às vezes, a PGR denuncia após um ano de investigação, outras vezes em um mês, quando a investigação já vem concluída — completou.

A declaração de Moraes surge em meio a críticas crescentes sobre a suposta celeridade do STF nos processos relacionados aos eventos de 8 de janeiro, o que levanta questionamentos sobre a imparcialidade e o equilíbrio da Corte.

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