Política
Barroso cogita saída do STF e cita Lula em entrevista bombástica
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Ministro Barroso confirma diálogo com Lula sobre possível saída do STF
O ministro Luís Roberto Barroso confirmou que considera deixar o Supremo Tribunal Federal (STF), embora ainda não tenha tomado uma decisão definitiva. A declaração foi feita em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, dias antes de encerrar seu mandato como presidente da Corte.
“Sair do Supremo é uma possibilidade, mas não é uma certeza. Eu verdadeiramente ainda não tomei essa decisão”, afirmou.
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Barroso transferi a presidência do STF para o ministro Edson Fachin nesta segunda-feira, 29, após dois anos à frente do tribunal.
Conversa com Lula sobre saída do STF
O ministro revelou que já discutiu a possibilidade de deixar o STF com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas negou qualquer tratativa para ocupar cargos diplomáticos.
“Essa hipótese nunca foi aventada”, disse Barroso, rebatendo especulações sobre uma possível nomeação para embaixadas.
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Ele mencionou que, quando sua esposa era viva, ambos planejavam uma vida mais leve fora do Supremo. Com a mudança de circunstâncias pessoais, afirmou que ainda avalia seus próximos passos.
“Às vezes tenho a sensação de já ter cumprido o meu ciclo. Às vezes penso que ainda poderia fazer mais coisas”, declarou.
Exposição pública e pressões externas
Barroso negou que eventuais sanções internacionais, como a aplicação da Lei Magnitsky — já cogitada contra o ministro Alexandre de Moraes — influenciem sua permanência na Corte.
“Tenho preocupação. Mas isso não tem nada a ver com ficar ou sair”, afirmou.
Ele apontou que o maior incômodo atual está na exposição pública envolvendo sua família. Citou como exemplo o episódio em que a Advocacia-Geral da União (AGU) pagou honorários advocatícios a sua namorada, o que foi amplamente explorado de forma negativa pela imprensa e redes sociais.
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“Não tenho muitos medos nessa vida, nem aflições excessivas. Mas procuro viver com autenticidade e fé de que o universo protege quem age com bons propósitos.”
Sucessão no Supremo
A presidência do STF agora está nas mãos de Edson Fachin, que assume com base no critério de antiguidade. O novo vice-presidente será Alexandre de Moraes. A dupla retoma a parceria que teve à frente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante as eleições de 2022.
“Recebo o bastão com um sentido de missão e a consciência de que tenho um dever a cumprir”, afirmou Fachin em seu discurso de posse.
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