Política
Deputada Carla Zambelli Continua Presa na Itália: Entenda o Caso
Justiça italiana nega liberdade a Carla Zambelli e mantém deputada presa enquanto tramita extradição para o Brasil
A Justiça italiana decidiu manter a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) em regime fechado durante todo o trâmite do processo de extradição para o Brasil. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (1º) pela Corte de Apelação de Roma, e o caso poderá se arrastar por até dois anos, segundo especialistas.
A audiência, realizada a portas fechadas pelo juiz Aldo Morgigni, começou às 11h30 no horário local (6h30 no Brasil) e durou cerca de três horas. Zambelli foi detida na terça-feira (29) em um apartamento no bairro Aurélio, em Roma, onde vivia foragida da Justiça brasileira há quase dois meses.
Desde então, está presa no Instituto Penitenciário Feminino Rebibbia, que abriga 369 detentas — aproximadamente cem a mais do que sua capacidade.
A Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que acompanhará todas as fases do processo de extradição, solicitado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela condenação da parlamentar.
A defesa de Zambelli solicitou prisão domiciliar, mas teve o pedido negado. Segundo o advogado Pieremilio Sammarco, haverá uma nova audiência na mesma Corte para dar prosseguimento ao processo. A estratégia da defesa será apontar supostas “anomalias” no julgamento que resultou na pena de dez anos de prisão imposta pelo STF.
O principal argumento da defesa é que a vítima do suposto crime — o ministro Alexandre de Moraes — foi também quem julgou e determinou a pena, o que, segundo o advogado, compromete a imparcialidade do processo.
Além da condenação, Zambelli teve o mandato cassado. Durante o governo Bolsonaro, foi aliada de primeira hora, mas perdeu espaço após as eleições de 2022, sendo apontada como uma das responsáveis pela derrota do ex-presidente.
O histórico jurídico da deputada inclui outro processo no STF, aberto em agosto de 2023, relacionado à perseguição armada contra o jornalista Luan Araújo, simpatizante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O caso ocorreu em outubro de 2022, em São Paulo.
De acordo com o advogado Fábio Pagnozzi, Zambelli foi presa em casa enquanto lavava o cabelo e pintava as unhas. Após a abordagem da polícia italiana, recolheu seus medicamentos e foi conduzida à delegacia.
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