Bancos e Cartões
EUA questionam bancos sobre aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes

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EUA cobram cinco bancos sobre medidas adotadas em sanção da Lei Magnitsky
Cinco dos principais bancos com atuação no Brasil — Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e BTG Pactual — foram oficialmente notificados pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos na terça-feira (2). O documento, emitido pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), solicita esclarecimentos sobre o cumprimento da Lei Magnitsky em relação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Segundo informações divulgadas pela Folha de S.Paulo, com base em fontes ligadas ao setor financeiro, os departamentos jurídicos das instituições ainda analisam o conteúdo do ofício. No comunicado, o Ofac questiona quais medidas já foram ou estão sendo adotadas pelos bancos para atender às sanções impostas ao magistrado.
A notificação abre margem para sanções contra os bancos, caso o governo americano identifique descumprimento das regras. As penalidades podem incluir multas pesadas e responsabilização individual de executivos envolvidos. O envio do documento coincidiu com a data em que o STF iniciou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas, acusadas de tentativa de golpe de Estado.
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Moraes foi incluído, no fim de julho, na lista de pessoas sancionadas pelo governo dos Estados Unidos com base na Lei Magnitsky. A medida implica o congelamento de bens e ativos em solo americano, além da proibição de qualquer transação com empresas ou instituições dos EUA. Isso afeta, inclusive, operações com bandeiras internacionais como Visa e Mastercard.
Procurado pela imprensa, um porta-voz do Tesouro dos EUA declarou que o órgão mantém diálogo contínuo com instituições financeiras, mas não comenta correspondências específicas. Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que não teve acesso à notificação e reforçou que eventuais comunicações são confidenciais.
O Santander foi o único banco a se manifestar, limitando-se a declarar que cumpre rigorosamente todas as legislações nacionais e internacionais pertinentes. Os demais bancos optaram pelo silêncio.
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