Política
EUA desmentem Moraes e negam entrada de Filipe Martins em 2022
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EUA desmentem entrada de Filipe Martins e apontam erro de Moraes
O governo dos Estados Unidos afirmou que não há registro da entrada de Filipe Martins, ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro, no país em 30 de dezembro de 2022. A informação foi confirmada pela U.S. Customs and Border Protection (CBP) nesta sexta-feira (10), contrariando a versão utilizada no Brasil para justificar sua prisão preventiva.
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Martins foi preso em fevereiro de 2024 por ordem do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito de investigações relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado. Parte da fundamentação da decisão envolvia a alegação de que ele teria fugido para os EUA na referida data — versão agora refutada pelo órgão de imigração americano.
“O dado contradiz diretamente as alegações feitas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil Alexandre de Moraes, indivíduo recentemente sancionado pelos Estados Unidos por violações de direitos humanos contra o povo brasileiro”, declarou a CBP em nota oficial.
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O órgão acrescentou que o ministro utilizou um registro incorreto para embasar a detenção de Martins por vários meses. A CBP confirmou que a entrada equivocada no sistema permanece sob investigação e que providências estão sendo tomadas para evitar novos erros semelhantes.
A defesa de Martins apresentou petição às autoridades americanas exigindo a liberação dos metadados do sistema — como informações sobre quem inseriu, alterou ou excluiu os registros. Também solicitou a apuração de possível fraude.
Segundo os advogados, o suposto registro usado contra Martins apresentava erros como nome digitado incorretamente, número de passaporte previamente cancelado e inconsistências no tipo de visto. Após contestação formal, o CBP chegou a remover o dado incorreto de seus sistemas.
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Apesar de atualmente em liberdade, Martins segue sob medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal, como monitoramento eletrônico e restrições de locomoção.
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