Política
Haddad diz que vai justificar aumento do IOF a Moraes

Haddad promete apresentar dados técnicos a Alexandre de Moraes
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que vai apresentar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), documentos técnicos que justificam o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida gerou tensão entre o Executivo e o Congresso Nacional.
Segundo Haddad, o objetivo é demonstrar que o reajuste do IOF visa combater estratégias de elisão e evasão fiscal, além de impedir planejamentos tributários considerados prejudiciais à arrecadação. Ele afirmou que cerca de R$ 800 bilhões estão concentrados em benefícios a grupos econômicos específicos, o que compromete a competitividade do setor produtivo nacional.
“O que estamos tentando evitar é que alguns sejam favorecidos enquanto todo o país é prejudicado. Isso eleva juros e atrapalha o equilíbrio fiscal”, declarou Haddad a jornalistas.
O ministro ainda destacou que a elevação do imposto é necessária para manter as metas fiscais do governo, que vêm sendo pressionadas. Em junho, a arrecadação com IOF chegou a R$ 8 bilhões, superando os R$ 5,9 bilhões registrados em maio.
A audiência de conciliação sobre o tema foi marcada por Moraes para o dia 15 de julho. O embate entre o Planalto e o Congresso se intensificou após o aumento do tributo ser interpretado como uma medida unilateral do Executivo.
Haddad também defendeu a retomada de pautas econômicas no Legislativo. Segundo ele, a agenda de 2025 ainda não avançou como o esperado. “Temos muitos projetos que podem melhorar o ambiente de negócios. Podemos fazer essa agenda andar”, afirmou.
Em relação à sua interlocução com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), Haddad adotou tom conciliador. Disse que não há espaço para conflitos e que mantém amigos em comum com o parlamentar. “Quando um não quer, dois não brigam”, declarou.
O ministro confirmou que pretende conversar com Motta nos próximos dias e que uma reunião pode ocorrer ainda nesta semana. “Nunca abandonei uma negociação. Só saio quando há acordo”, afirmou.
Enquanto isso, Motta disse à imprensa que ainda não tem reunião marcada com o presidente Lula para tratar da pauta.
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