Política
Possibilidade de Prisão de Bolsonaro gera polêmica entre juristas e fortalece críticas a Moraes

Possibilidade de Prisão de Bolsonaro divide juristas e críticas a Moraes se intensificam no STF
A possibilidade de prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), gerou reações imediatas no meio jurídico e político. A principal polêmica gira em torno das restrições impostas ao uso de redes sociais, que muitos consideram amplas e imprecisas.
Juristas criticam a extensão da medida cautelar, que proíbe Bolsonaro de utilizar redes sociais, seja direta ou indiretamente. Há dúvidas sobre se conteúdos publicados por aliados ou veículos de imprensa configurariam violação da ordem judicial, mesmo sem evidência de envolvimento do ex-presidente.
Divergências sobre o alcance das medidas cautelares
Embora críticos acusem Moraes de extrapolar os limites legais, defensores da decisão alegam que o rigor das cautelares é necessário diante das reiteradas críticas ao STF nas redes sociais. Esse grupo argumenta que, caso o ministro entenda que houve descumprimento, haveria base jurídica para decretar a prisão preventiva de Bolsonaro.
Na última sexta-feira (18), Moraes determinou o uso de tornozeleira eletrônica por Bolsonaro e proibiu qualquer atuação direta ou indireta nas redes sociais. Três dias depois, em 21 de julho, o ministro ampliou a decisão, incluindo transmissões e retransmissões de entrevistas em perfis de terceiros, e intimou a defesa do ex-presidente a se manifestar, sob pena de prisão imediata.
Moraes cita veículos e aliados em despacho
No despacho, Moraes apontou cinco postagens que reproduzem falas de Bolsonaro, incluindo conteúdos veiculados pelo jornal O Estado de S. Paulo e pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A defesa do ex-presidente nega qualquer descumprimento e solicitou esclarecimentos sobre os limites impostos, especialmente no que diz respeito à concessão de entrevistas.
Juristas apontam abusos e defendem limites
A advogada criminalista Marina Coelho Araújo, vice-presidente do Instituto dos Advogados de São Paulo, questionou a legalidade da prisão com base nas atuais restrições. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ela afirmou que a proibição não se estende a declarações feitas à imprensa.
“Ele pode ir ao Congresso, porque não está proibido disso. Está impedido de visitar embaixadas. E não está proibido de falar com jornalistas. O fato de uma entrevista ser publicada nas redes por um jornal não significa uso indireto por Bolsonaro”, afirmou a jurista.
Marina Coelho concorda com o uso da tornozeleira eletrônica, mas considera desproporcional a censura às redes sociais. Para ela, o processo que investiga suposta tentativa de golpe não apresenta risco imediato de obstrução, o que enfraqueceria a justificativa para medidas tão severas.
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