Política
STF desarma investida de Hugo Motta e mantém ofensiva contra aliados de Bolsonaro
STF trata ação de Hugo Motta sobre caso Ramagem como reação política previsível
A tentativa do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de levar ao plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento sobre a suspensão da ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ), Jair Bolsonaro e outros seis investigados na suposta tentativa de golpe, foi recebida com distanciamento pela Corte.
Nos bastidores, ministros do STF classificam a medida como previsível e enxergam nela uma resposta à pressão da oposição, que busca proteger aliados atingidos pelas investigações. Apesar disso, afirmam que o diálogo com Motta segue aberto e institucional, sem indícios de conflito entre os Poderes.
“É parte do jogo”, resumiu um ministro, em caráter reservado, indicando que o gesto tem mais valor simbólico do que jurídico. O recurso apresentado por Motta pretende que a decisão da Primeira Turma, que retomou o processo contra Ramagem e os demais réus, seja analisada por todos os 11 ministros do plenário.
Internamente, alguns membros do Supremo avaliam que submeter o caso ao plenário poderia representar um gesto de respeito institucional ao Congresso em meio ao clima tenso. No entanto, a decisão final sobre o pedido cabe ao relator Alexandre de Moraes, que tem resistido à pressão política.
Moraes, segundo interlocutores, considera que aceitar o recurso abriria um precedente perigoso e encorajaria novas tentativas de interferência em decisões judiciais. “Abrir essa porteira agora pode significar comprometer a independência da Corte num momento decisivo”, alertou uma fonte próxima ao magistrado.
Apesar das tensões, ministros reconhecem o esforço de Hugo Motta em manter pontes com o Judiciário. Avaliam sua atuação como tentativa de conciliar os interesses da Câmara com a estabilidade institucional do país.
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