Política
Zambelli detona Alexandre de Moraes e o chama de “ditador” em carta da prisão

Em carta escrita na prisão, Carla Zambelli chama Alexandre de Moraes de ditador
A defesa da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália, divulgou uma carta escrita à mão pela parlamentar, na qual ela acusa o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de agir como um “ditador”. No documento, Zambelli afirma manter a “consciência tranquila de quem é inocente”.
A deputada foi detida por agentes da Interpol após permanecer dois meses fora do país. O mandado de prisão foi expedido por Moraes, no contexto de sua condenação a dez anos de prisão, sob a acusação de envolvimento na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Zambelli mantém fé e reafirma inocência
Na carta, Zambelli declara estar forte e com a cabeça erguida:
“Quero me pronunciar e dizer que estou sendo forte e corajosa, mantenho a fé e a cabeça erguida, uma consciência tranquila de alguém inocente.”
A deputada também escreveu uma mensagem de fé e resistência:
“O Brasil é um país abençoado. Nenhum ditador nos colocará de joelhos.”
O texto é encerrado com uma citação bíblica do livro de Filipenses:
“Tudo posso naquele que me fortalece.”
Prisão ocorreu após denúncia de político de esquerda
Zambelli foi localizada em um apartamento em Roma, no fim de julho, após denúncia feita por um político de esquerda. A parlamentar passou por audiência de custódia, que confirmou a prisão. Desde então, encontra-se na penitenciária feminina de Rebibbia, localizada na periferia de Roma.
O processo de extradição já foi iniciado e, segundo especialistas em Direito Internacional, poderá durar meses. A primeira etapa envolve a análise da Corte de Apelação de Roma, onde tanto a Justiça italiana quanto a defesa de Zambelli apresentarão seus argumentos.
Governo italiano pode barrar extradição
Mesmo com decisão favorável do Judiciário, a palavra final sobre a extradição será do Ministério da Justiça da Itália. A pasta pode negar o pedido por razões políticas. Considerando a afinidade ideológica entre o atual governo de Giorgia Meloni e setores da direita brasileira, há expectativa de que esse fator influencie o desfecho.
Além disso, mesmo que a extradição seja aprovada, os advogados da parlamentar poderão recorrer à Justiça administrativa italiana, incluindo o Tribunal Administrativo Regional e o Conselho de Estado. O trâmite, conforme especialistas, pode se estender por até dois anos.
Ainda assim, existe a possibilidade de libertação antecipada caso sejam identificados elementos políticos que impeçam a extradição imediata.
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