Luciano Hang faz críticas contundentes à PEC 6×1: saiba o motivo

Luciano Hang comenta a PEC da 6×1

O empresário Luciano Hang, fundador da rede varejista Havan, expressou fortes críticas à proposta de emenda à Constituição (PEC) que pretende alterar a jornada de trabalho para a escala 6×1. Esta mudança garantiria uma folga remunerada semanal a todos os trabalhadores, um ajuste que, segundo Hang, recai sobre populismo e provoca debates desnecessários no país.

Em recente declaração nas redes sociais, Hang argumentou que a PEC não alinha com os desejos dos brasileiros, que aspiram a melhor qualidade de vida, não apenas menos horas de trabalho. Segundo ele, medidas como esta podem parecer benéficas superficialmente, mas trazem consequências econômicas severas, elevando os custos para as empresas, que, por sua vez, repassam esses custos aos consumidores, inflacionando os preços no mercado.

Durante um evento no Rio Grande do Sul, uma funcionária da Havan manifestou preferência em manter seu trabalho aos domingos ao invés de arriscar o desemprego. Para Hang, isso exemplifica o que muitos brasileiros sentem: uma maior preocupação com a estabilidade financeira do que com a redução de jornadas.

Estudos internos do departamento de recursos humanos da Havan indicam que a implementação da escala sugerida pela PEC poderia elevar os custos operacionais em até 70%. Essa alteração, conforme apontado por Hang, diluiria o poder de compra do consumidor, afetando negativamente a economia como um todo.

A PEC, proposta pela deputada Erika Hilton (PSOL), conseguiu as 171 assinaturas necessárias para seguir adiante na Câmara dos Deputados e agora aguarda análise na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania. A despeito das críticas, a proposta recebeu um apoio popular significativo, com mais de 2,9 milhões de assinaturas em um abaixo-assinado.

Entidades representativas do setor produtivo, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), também expressaram preocupação. Elas acreditam que a PEC pode comprometer a competitividade e a sustentabilidade das empresas brasileiras.

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