Depoimento Explosivo: Ramagem Detona PF e Desmonta Narrativa de Golpe no STF

Ramagem nega plano de golpe, critica atuação da PF e aponta erro do STF

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), prestou depoimento nesta segunda-feira (9) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é réu na Ação Penal 2.668, que investiga uma suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022.

Segundo a denúncia, Ramagem é um dos oito investigados por possível envolvimento em articulações para contestar o resultado eleitoral. Ele foi o segundo a prestar esclarecimentos nesta fase, após o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Durante o interrogatório, Ramagem negou ter monitorado autoridades enquanto comandava a Abin. Ele também afirmou que não participou de nenhuma ação para comprovar supostas fraudes nas urnas eletrônicas.

O deputado foi enfático ao criticar a Polícia Federal, acusando a corporação de construir uma narrativa prévia e ajustar os fatos às suas hipóteses. Segundo Ramagem, essa condução distorceu as investigações e induziu ao erro tanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto o próprio STF.

Questionado sobre documentos que indicariam fraudes eleitorais, Ramagem afirmou que se tratavam apenas de anotações pessoais, sem qualquer relação com sua função institucional.

As investigações apontam que aliados do governo anterior teriam discutido medidas para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo a elaboração de minutas e tentativas de mobilização militar. Ramagem, no entanto, rejeitou qualquer envolvimento em tais ações e classificou as acusações como infundadas.

📲 Para mais notícias e análises exclusivas, entre no nosso canal VIP de informações políticas. 👉 [Clique aqui e participe!]

Leia Também:

Moraes ignora defesa e mantém ação contra Bolsonaro mesmo com inconsistências processuais

Câmara confirma licença de Zambelli e acata ordem do STF