Política
Alerta no Planalto: STF Cogitou Prender Bolsonaro, Mas Recuou

STF avaliou prender Bolsonaro, mas impôs tornozeleira por temor de crise interna
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) discutiram a possibilidade de decretar prisão preventiva contra Jair Bolsonaro antes de definirem as medidas restritivas atuais. Segundo informações reveladas pela Folha de S.Paulo e confirmadas por interlocutores do STF à Revista Oeste, a hipótese foi cogitada durante os desdobramentos de pressões externas relacionadas ao caso.
A discussão ganhou força após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa sobre produtos brasileiros. A medida foi interpretada por ministros do STF como retaliação à ofensiva judicial contra o ex-presidente brasileiro, acusado de articular um suposto golpe de Estado.
O ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação que originou a ação da Polícia Federal contra Bolsonaro, avaliou que a decisão de Trump buscava influenciar o andamento do processo no Brasil. Para Moraes, o gesto representaria uma forma de coação institucional estrangeira, ferindo a independência do Judiciário.
No entanto, prevaleceu a cautela dentro da Corte. Havia preocupação de que a prisão de Bolsonaro sem condenação definitiva provocasse desgaste entre os próprios ministros e aumentasse as tensões políticas no país. Uma decisão mais radical poderia gerar divisões internas no STF e enfraquecer a imagem de unidade institucional diante da comunidade internacional.
A alternativa foi a imposição de medidas cautelares severas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, proibição de comunicação com diplomatas e embaixadores, restrição de contato com outros investigados e impedimento de acesso às redes sociais.
Na mesma semana, os Estados Unidos revogaram os vistos de Alexandre de Moraes e de aliados no Supremo, aumentando a pressão internacional sobre o caso. Apesar de haver maioria na Primeira Turma do STF para autorizar uma eventual ordem de prisão, o consenso para tal medida era inferior ao necessário, ao contrário da ampla concordância para o uso da tornozeleira.
A decisão revela um ambiente de tensão e manobras nos bastidores do Judiciário, marcado por cautela diante de um cenário político e diplomático sensível.
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