Política
Lula rompe silêncio, critica operação no Rio e exige investigação da PF
Lula critica operação no Rio e propõe participação da PF na apuração das mortes
Durante entrevista à Associated Press e à Reuters, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a operação policial realizada pelo governo do Rio de Janeiro nos complexos do Alemão e da Penha, considerada a mais letal da história do estado. Lula classificou a ação como uma “matança” e defendeu que legistas da Polícia Federal participem da investigação.
“A decisão do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança. E houve matança”, afirmou Lula durante visita a Belém (PA), destacando a necessidade de apuração rigorosa.
O presidente disse que o governo federal articula a inclusão de peritos da PF para examinar as circunstâncias das mortes registradas na operação. O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta quarta-feira (5) uma audiência para tratar do caso.
“Tem muitos discursos circulando. Por isso é importante entender como a operação ocorreu, porque até agora só temos a versão apresentada pela polícia e pelo governo do estado”, acrescentou.
Na quarta-feira seguinte à operação, o governador Cláudio Castro (PL) declarou que a ação foi um sucesso, ressaltando que os únicos mortos foram quatro policiais envolvidos nos confrontos. O episódio, no entanto, mobilizou o governo federal. Os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos) estiveram no Rio para reuniões com o governador.
Lula, por sua vez, afirmou:
“Do ponto de vista da quantidade de mortes, alguns podem considerar um sucesso. Mas, do ponto de vista da ação do Estado, foi desastrosa.”
Mudança de tom
Essa foi a primeira crítica direta do presidente à operação. Na semana passada, Lula havia publicado mensagem nas redes sociais condenando o crime organizado, mas sem citar a atuação das forças de segurança fluminenses.
“Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias e espalhando violência. Precisamos de um combate coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico, sem colocar em risco policiais e civis”, disse na ocasião.
Lula também voltou a defender a Proposta de Emenda à Constituição da Segurança Pública e o Projeto Antifacção, ambos de autoria do governo e em tramitação no Congresso.
Apoio popular à operação
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Levantamento do Instituto Quaest divulgado na segunda-feira (3) revelou que 64% dos moradores do Rio de Janeiro aprovam a operação. Além disso, 85% apoiam penas mais duras para crimes ligados a facções, e 72% concordam em classificar essas organizações como terroristas.
STF acompanha o caso
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que o governo do Rio preserve todos os elementos materiais da operação — como laudos periciais e cadeias de custódia — para garantir a fiscalização do Ministério Público.
A decisão atende a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU), que busca assegurar a integridade das provas e o acesso da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro aos documentos. Moraes é relator da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, que impõe regras às operações policiais em comunidades.
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