Política
Motta desafia governo e mantém Derrite como relator de PL contra facções

Motta mantém Derrite como relator de projeto contra facções criminosas
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), reafirmou neste sábado (8) a nomeação do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto de lei que trata do combate a facções criminosas, apesar das críticas do governo Lula (PT) e de aliados petistas.
Derrite, atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, foi escolhido para relatar o texto enviado pelo Executivo. A decisão desagradou ao Palácio do Planalto, que vê na indicação um movimento contrário aos seus interesses políticos. Ainda assim, Motta reforçou que o processo seguirá os trâmites legais da Casa.
“Vou conduzir as discussões com respeito ao regimento, mas com a firmeza de quem conhece a urgência das ruas. O país pode divergir em muitas coisas, mas na defesa da vida e da segurança, o Brasil precisa andar junto. Acredito que com o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado o Brasil encontrou um ponto de unidade”, declarou Motta em publicação no X.
O parlamentar também defendeu que o momento exige responsabilidade institucional, destacando a necessidade de união entre os Poderes para enfrentar o avanço do crime organizado.
“É hora de colocar todos na mesma mesa: governo, Congresso e sociedade e, com a maturidade que o país exige, trabalhar juntos por um projeto que una o Brasil no que realmente importa: garantir segurança à nossa sociedade”, completou.
O projeto, batizado de Marco Legal de Combate ao Crime Organizado, está previsto para ser votado na próxima semana. Devido à realização da COP30, em Belém (PA), as sessões ocorrerão de forma semipresencial, com possibilidade de votação pelo aplicativo da Câmara.
Na sexta-feira (7), Derrite apresentou um parecer que propõe a classificação de facções criminosas como organizações terroristas. A medida, embora bem recebida por setores da segurança pública, enfrenta resistência do Planalto, que teme os efeitos políticos e jurídicos dessa equiparação.
Antes de oficializar a relatoria, Motta comunicou a decisão à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Ambos se posicionaram contra a escolha. Em suas redes sociais, Gleisi criticou a nomeação, alegando que ela “contamina o debate com os objetivos eleitoreiros de seu campo político”.
Mesmo diante da oposição do governo, Hugo Motta sustenta a indicação de Derrite e sinaliza que o combate às facções não pode ser refém de disputas partidárias. O embate evidencia o distanciamento entre o Executivo e o Legislativo em temas centrais para a segurança nacional.
Você também vai se interessar por:
Gleisi tenta barrar projeto que classifica facções como terroristas
Lula rompe silêncio, critica operação no Rio e exige investigação da PF
Achadinhos VIPs do dia:
Produtos com frete grátis que estão esgotando em minutos!
Garanta os seus agora: achadinhosvipsbr.com.br
