Política
Congresso adia leitura da CPMI do INSS e acirra tensão política

Congresso adia leitura da CPMI do INSS para junho
O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), confirmou nesta quinta-feira (22/5) o adiamento da sessão conjunta de deputados e senadores que incluiria a leitura do requerimento da CPMI do INSS. A nova data está marcada para 17 de junho, quase três semanas após a previsão original, que era 27 de maio.
Segundo Alcolumbre, o adiamento ocorreu devido à falta de consenso entre líderes partidários sobre quais vetos presidenciais devem entrar na pauta. Atualmente, cerca de 60 vetos aguardam deliberação, incluindo pontos polêmicos como o projeto das eólicas offshore e o programa Propag, voltado à renegociação de dívidas dos estados com a União.
“Gostaria muito de realizar a sessão no dia 27, mas não houve entendimento. Não vou apontar culpados”, declarou Alcolumbre à imprensa.
Além da análise dos vetos, a sessão marcada para junho prevê a leitura do requerimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará denúncias de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS. O pedido já conta com quase 270 assinaturas, número suficiente para sua instauração nas duas Casas.
Alcolumbre, no entanto, descartou a possibilidade de realizar uma sessão exclusiva para a leitura do requerimento. Para ele, isso comprometeria o equilíbrio institucional do Congresso:
“Não vou fazer uma sessão com item único apenas para leitura de CPMI. Não acho que seja correto.”
A CPMI ganhou força após a revelação de que entidades sindicais e associações conveniadas aplicaram descontos não autorizados em benefícios do INSS. O caso provocou forte reação da oposição e expôs o desconforto da base governista. Inicialmente, o governo Lula tentou barrar a comissão, mas recuou diante da pressão crescente, inclusive entre aliados.
Nos bastidores, a CPMI é vista como um movimento estratégico que pode transferir parte do desgaste político para a gestão anterior, já que diversos convênios investigados foram firmados durante o governo Bolsonaro. A instalação da comissão promete aprofundar o debate sobre a responsabilidade institucional e ampliar o escrutínio público sobre práticas obscuras envolvendo recursos previdenciários.
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