Política
Haddad tenta culpar Trump e Bolsonaro por crise comercial com os EUA

Ministro da Fazenda ataca política tarifária dos EUA e responsabiliza Bolsonaro por prejuízos ao país
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil está sendo “sacrificado por um soldado”, em alusão às novas tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. A declaração foi feita em entrevista ao jornal Estadão, publicada nesta quinta-feira (17).
Durante a conversa, Haddad reagiu com indignação a uma carta do presidente norte-americano Donald Trump, na qual ele alega que Jair Bolsonaro é alvo de perseguição no Brasil. O ministro classificou a situação como absurda:
“Um soldado se sacrificar por seu país é comum em tempos de guerra. Agora, sacrificar o país por interesses pessoais? Isso parece roteiro de série. Não podemos permitir que o Brasil seja prejudicado por causa de Bolsonaro. Ele é quem deveria se sacrificar pelo país”, afirmou.
Críticas a Tarcísio de Freitas e à família Bolsonaro
Haddad também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por sua defesa contínua do ex-presidente. Para o ministro, o posicionamento de Tarcísio é incompatível com a postura que se espera de quem aspira a cargos maiores:
“Uma pessoa com ambições políticas não pode se portar como vassalo de outra nação. Isso é indigno e contraproducente. A imprensa já repudiou esse comportamento, que não ajuda em nada o Brasil”, declarou.
Na mesma entrevista, Haddad ampliou os ataques à família Bolsonaro, acusando seus membros de agirem de forma coordenada para defender seus próprios interesses, em detrimento do país:
“A família Bolsonaro está totalmente voltada para si. Não se ouve uma única palavra em benefício do Brasil. Eles são um problema para a nação. Foram eles que criaram essa crise.”
Reforma tributária e desigualdade social
Haddad também abordou a proposta de reforma tributária sobre a renda, que atualmente tramita no Congresso. Ele considera a iniciativa essencial e destaca a liderança do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) na condução do projeto:
“Essa é a maior reforma que Hugo Motta pode chamar de sua. Estar ao lado do presidente da República e do presidente do Senado na sanção desse projeto será um marco.”
O ministro enfatizou ainda que a reforma precisa de base política sólida e criticou iniciativas meramente simbólicas voltadas ao mercado financeiro:
“Não basta apresentar um projeto só para agradar a Faria Lima. É preciso saber como viabilizar a proposta no Congresso.”
- Leia Também:
- Jornalista da CNN chama Bolsonaro de “Bozo” ao vivo e gera revolta
- Lula volta atrás e desiste de represália aos EUA: entenda o recuo
- 🚨 Saiu agora e já tá quase esgotando! Achadinhos com frete grátis que somem em minutos! Acesse agora 👉 https://achadinhosvipsbr.com.br
