Política
Nikolas detona Lula após fala polêmica sobre traficantes — veja o que ele disse
Declaração de Lula sobre traficantes como vítimas gera forte reação da oposição
Durante entrevista na sexta-feira (24), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou controvérsia ao afirmar que “os usuários são responsáveis pelos traficantes, que são vítimas dos usuários também”. A declaração, feita enquanto comentava a política antidrogas dos Estados Unidos, provocou críticas imediatas de parlamentares da oposição.
Lula se referia à ofensiva norte-americana contra o narcotráfico, iniciada ainda no governo Donald Trump, que incluiu a designação de cartéis como organizações terroristas e operações navais no Caribe e Pacífico. Para o petista, o mundo precisa superar a “polarização do bem contra o mal” e tratar o problema das drogas de forma mais “abrangente”.
Reações duras da oposição
A resposta veio rapidamente. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) ironizou nas redes sociais:
“No ritmo que vai, daqui a pouco o PCC vira ONG”, escreveu no X (antigo Twitter), junto a um vídeo do trecho da entrevista.
O senador Ciro Nogueira (PP-PI) também criticou severamente:
“Os traficantes são vítimas dos usuários, os assaltantes são vítimas dos assaltados, os assassinos são vítimas dos mortos, os estupradores são vítimas das violentadas. […] Presidente Lula, vítima é o povo brasileiro dessa visão em que as vítimas são culpadas e os culpados são vítimas”, publicou.
O deputado estadual Gil Diniz (PL-SP) classificou a fala como “vergonhosa”.
“Olha o duplo carpado que o descondenado deu na resposta, quando perguntado sobre as ações do governo Trump contra os cartéis”, afirmou, destacando a frase de Lula como um sinal de inversão de valores.
A comentarista política Marina Helena também criticou duramente:
“Lula está dizendo que megacorporações que movimentam bilhões, controlam exércitos e influenciam governos são vítimas dos coitados da cracolândia. Só uma mente doentia inventaria algo assim”, concluiu.
A fala de Lula sobre o narcotráfico reacendeu o debate sobre segurança pública e o papel do Estado no combate ao crime organizado. A oposição vê a declaração como mais um exemplo da leniência ideológica do governo com a criminalidade.
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