Política
Após reunião com Lula e Haddad, ministro argentino anuncia que BB emprestará US$ 600 milhões para Argentina importar do Brasil
Ministro Argentino Revela Acordo Comercial de US$ 600 milhões com Brasil
Em meio a circunstâncias econômicas complexas, Brasil e Argentina traçaram um novo caminho para tentar manter o fluxo de comércio bilateral. No Palácio do Planalto, o ministro argentino, Sergio Massa, revelou o acordo. O anúncio foi feito em companhia do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após uma discussão com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A crise financeira acentuada na Argentina e a notória escassez de dólares tornam o cenário desafiador para as importações, sobretudo de produtos brasileiros. O acordo pode ser interpretado como uma solução de curto prazo para um problema que tem raízes mais profundas na economia argentina.
Para efetivar as importações, massa apontou para um mecanismo que envolve diversas instituições financeiras. Banco do Brasil (BB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) emergem como peças centrais nesse arranjo.
De acordo com Haddad, a logística é simples: “Ao vender para a Argentina, o exportador brasileiro será remunerado pelo BB, que, em contrapartida, terá a segurança do CAF”. O acordo cobre, por exemplo, a exportação de alimentos e peças automotivas. Mas, apesar da aparente simplicidade, o esquema levanta questões sobre sustentabilidade e riscos a longo prazo.
Em suas palavras, Haddad tentou tranquilizar os céticos: “O Banco do Brasil garantirá as exportações brasileiras, enquanto o CAF respaldará o BB. Com isso, geramos divisas para a Argentina. O CAF viu nesse modelo uma maneira de retomar o comércio sem esgotar as já limitadas reservas argentinas em yuan.”
O aval do CAF, por enquanto, é apenas preliminar. Um novo encontro está marcado para 14 de setembro com o intuito de delinear os detalhes finais e documentar o acordo. O que permanece em questão é se essa abordagem é uma solução duradoura ou apenas um paliativo para desafios econômicos maiores.
Leia também: A batalha jurídica que Moraes e Wagner não esperavam perder no STJ
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