Política
Governo Lula planeja gastar quase R$ 200 milhões com agências de redes sociais
Quase R$ 200 milhões para redes sociais sob a gestão Lula
A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República está no processo final para a escolha de empresas especializadas na gestão de conteúdo digital do Executivo Federal. Uma licitação, com orçamento previsto em R$ 197 milhões, selecionará quatro agências para administrar as redes sociais associadas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Desde 6 de fevereiro, as propostas das concorrentes estão sob análise.
As agências eleitas carregarão o peso de moderar e gerir os canais sociais dos Ministérios e órgãos vinculados à Presidência, com contratos de um ano, renováveis, e um pagamento individual estimado em R$ 49 milhões. Um requisito chave é o emprego de tecnologias avançadas, como machine learning e inteligência artificial, para análises de sentimento e pesquisas intensivas em tópicos de interesse federal, buscando medir a percepção pública das ações do governo.
Esta movimentação surge após Paulo Pimenta, ministro da Secom, declarar a necessidade de fortalecer a presença digital governamental frente a um cenário digital ainda dominado por opositores, particularmente nas plataformas de mensagens instantâneas. A escolha da técnica como critério de seleção, em detrimento do custo, sugere que o valor final do investimento pode exceder o inicialmente proposto, desde que as empresas comprovem eficácia em suas estratégias digitais.
A contratação tem sido justificada como essencial para promover o direito à informação e difundir políticas públicas, no entanto, a eficácia de iniciativas anteriores, como o podcast “Conversa com o presidente”, levanta questionamentos sobre o impacto real desses investimentos. Ademais, os contratos na esfera de comunicação da Secom são historicamente custosos, levantando debates sobre a alocação de recursos públicos.
Em meio a preocupações com o manejo de verbas, investigações da CGU indicam possíveis irregularidades em contratos anteriores, renovados sob a atual administração, com empresas já penalizadas por fraudes. Este cenário complexo coloca em cheque a transparência e a gestão fiscal do governo, exigindo uma vigilância contínua sobre o emprego dos recursos públicos na era digital.
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