Economia
Haddad confirma que Brasil não retaliará EUA por tarifaço

Governo descarta retaliação e busca saídas diplomáticas para enfrentar tarifas dos EUA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta sexta-feira (1º) que o governo federal não adotará nenhuma medida de retaliação contra os Estados Unidos após a imposição de tarifas sobre produtos brasileiros. Em vez disso, o foco será proteger a indústria nacional e o agronegócio, visando reduzir os impactos econômicos do tarifaço.
“Não houve desistência, porque a decisão de retaliar nunca foi tomada. Nunca usamos esse termo para definir a postura do Brasil. Nossas ações visam proteger a soberania, a indústria e o agronegócio brasileiros”, afirmou Haddad a jornalistas.
O ministro fez questão de afastar o termo “retaliação” do discurso oficial, ressaltando que o governo não pretende aplicar a lei da reciprocidade, sancionada por Lula em abril, que autoriza contramedidas comerciais diante de retaliações externas. Segundo ele, o país seguirá caminhos diplomáticos e institucionais.
“Vamos acionar os canais multilaterais e buscar apoio na Organização Mundial do Comércio (OMC) e na justiça americana, onde empresários brasileiros e americanos já recorreram para preservar seus negócios”, disse o ministro.
Haddad classificou as tarifas americanas de até 50% como uma medida “claramente política” e informou que o governo federal está desenvolvendo um plano de contingência para lidar com os efeitos. O presidente Lula teria solicitado um levantamento detalhado sobre as ações possíveis para resguardar os setores afetados.
O ministro também criticou o embasamento das tarifas, que, segundo ele, se baseiam em “informações equivocadas” sobre o Brasil. Apesar das tensões comerciais, Haddad garantiu que o país manterá suas relações com os Estados Unidos.
“Os governos passam, mas os Estados permanecem. O Brasil continuará sua parceria com os EUA. A presença americana na nossa economia diminuiu, mas ainda há espaço para cooperação racional e econômica”, pontuou.
Ao final, Haddad reafirmou que o Brasil seguirá buscando entendimento e equilíbrio nas relações comerciais internacionais. “Não vamos mudar nossa postura porque agora há um presidente menos alinhado com a social-democracia. Ele defende a economia dele, e nós, a nossa”, concluiu.
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