Economia
Banco Central mantém Selic em 15% e culpa tarifa de Trump sobre o Brasil

Banco Central mantém Selic por incertezas com tarifas dos EUA e pressão inflacionária
O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (5) que decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, em razão das incertezas geradas pelo novo pacote tarifário dos Estados Unidos. A decisão, tomada na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), reflete uma postura de cautela diante do cenário internacional e dos riscos fiscais e inflacionários internos.
De acordo com a ata divulgada nesta manhã, o “tarifaço” imposto pelo governo americano — com alíquota de 50% sobre produtos brasileiros — provocou preocupações adicionais. A medida, segundo o Copom, pode desencadear efeitos relevantes em setores específicos e impactar negativamente a economia como um todo, a depender da evolução das negociações diplomáticas.
A justificativa apresentada pelos EUA foi política: a suposta perseguição judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro teria motivado a retaliação. Tal alegação expõe o desgaste da imagem institucional do Brasil no exterior e amplia o nível de incerteza percebido por investidores e agentes de mercado.
O BC ressaltou que o ambiente externo se deteriorou e, diante disso, optou por adotar uma abordagem mais prudente. “O Copom deve preservar uma postura de cautela”, destacaram os diretores do órgão.
Além do impacto externo, o Banco Central alertou para os desequilíbrios internos que continuam pressionando a inflação. As projeções indicam expectativas desancoradas, elevação de preços e mercado de trabalho aquecido, o que dificulta o controle do custo de vida no país.
Mesmo com sinais de desaceleração no crescimento, a atividade econômica segue resiliente, o que, na avaliação do Copom, exige a manutenção de uma política monetária significativamente contracionista. O objetivo, segundo a ata, é conter a demanda agregada e garantir a convergência da inflação à meta estabelecida.
Outro ponto abordado foi o papel da política fiscal no controle da inflação. O BC destacou que ações que contribuam para reduzir o prêmio de risco podem facilitar esse processo. “A política fiscal tem impacto de curto prazo, principalmente via estímulo à demanda, e efeitos estruturais que afetam a percepção sobre a sustentabilidade da dívida”, alertou a instituição.
Por fim, o Copom reforçou que seguirá monitorando o repasse cambial aos preços, após um período de forte volatilidade, além das expectativas do mercado para a inflação, que ainda causam desconforto entre os diretores.
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