Economia
Flávio Dino ironiza queda da Bolsa: “Não sabia que era tão poderoso”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Flávio Dino nega responsabilidade por queda na bolsa e perdas bilionárias de bancos
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, minimizou nesta quarta-feira (20) a reação negativa do mercado financeiro após sua decisão que desconsidera leis estrangeiras em território nacional sem aprovação da Justiça brasileira.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Durante palestra no Tribunal Superior do Trabalho (TST), Dino ironizou a queda brusca da bolsa. “Proferi uma decisão que, dizem, derrubou os mercados. Não sabia que eu era tão poderoso: R$ 42 bilhões de especulação financeira. A velhice ensina a não se impressionar com pouca coisa. É claro que uma coisa não tem nada a ver com a outra”, afirmou.
Segundo o ministro, a decisão proferida na segunda-feira (18) apenas reafirma princípios jurídicos ligados à soberania nacional, já consolidados internacionalmente. Ele classificou a medida como “simplória” do ponto de vista jurídico.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Dino também afirmou que oscilações do mercado não são de responsabilidade do Judiciário. “Há aspectos de política externa e comercial que não cabem ao STF decidir. Nós balizamos e interpretamos a lei. Não somos nós que fixamos o valor de ação no mercado”, reforçou.
No entanto, após a decisão do ministro, a bolsa de valores registrou queda acentuada e o dólar teve alta. Somente na terça-feira (19), os cinco maiores bancos do país perderam, juntos, R$ 41,98 bilhões em valor de mercado.
Fontes do mercado financeiro ouvidas pela CNN Brasil atribuem diretamente a queda à decisão de Dino. Ainda que não cite nomes, a medida está diretamente relacionada à aplicação da Lei Magnitsky no Brasil. Essa legislação norte-americana foi usada para impor sanções ao também ministro do STF, Alexandre de Moraes, no fim de julho. A norma permite bloqueio de bens e contas nos Estados Unidos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Investidores apontam que a decisão coloca instituições financeiras em uma situação delicada. Se cumprirem a determinação do STF, correm o risco de retaliações internacionais. Por outro lado, descumpri-la implica em violação à ordem judicial brasileira.
O especialista em comércio internacional e direito econômico, Ricardo Inglez de Souza, alertou em entrevista ao programa WW que a situação pode provocar uma crise no sistema financeiro nacional. Segundo ele, empresas com forte presença internacional, especialmente nos Estados Unidos, podem ser diretamente afetadas.
- Leia Também:
- Banco do Brasil reage após decisão polêmica de Flávio Dino
- Haddad diz que EUA pressionam Brasil a contrariar Constituição em disputa tarifária
- 🚨 Saiu agora e já tá quase esgotando! Achadinhos com frete grátis que somem em minutos! Acesse agora 👉 https://achadinhosvipsbr.com.br
