Justiça condena professor que sugeriu guilhotina para filha de Justus

Professor que sugeriu “guilhotina” para filha de Roberto Justus é condenado

A Justiça de São Paulo condenou nesta terça-feira (21) o professor universitário aposentado Marcos Dantas a pagar R$ 150 mil por danos morais, além das custas processuais e honorários advocatícios. A decisão foi motivada por um comentário em que ele sugeriu “guilhotina” para a filha de cinco anos do apresentador Roberto Justus com Ana Paula Siebert.

O juiz Cassio Pereira Brisola, da 1ª Vara Cível, classificou a declaração como discurso de ódio. Segundo a sentença, Dantas ultrapassou os limites da liberdade de expressão ao sugerir pena de morte contra a criança e seus pais por conta de uma simples postagem nas redes sociais.

“A mensagem do requerido deve ser reconhecida como discurso de ódio por recomendar a pena capital aos autores, revelando extremo desprezo pela condição humana”, destacou o magistrado.

O episódio ocorreu após a publicação de uma imagem da criança utilizando uma bolsa de grife avaliada em R$ 14 mil. Em resposta, Dantas comentou: “Só guilhotina”, em alusão ao método de execução da Revolução Francesa.

Diante da repercussão negativa, o professor divulgou uma carta pedindo desculpas e afirmando que a fala era apenas uma metáfora histórica. No texto, negou qualquer intenção de ameaça à família.

“Era uma simples metáfora… Nem de longe, em momento algum, passou pela minha cabeça fazer qualquer ameaça pessoal”, declarou.

O advogado da família Justus, Rafael Pavan, informou que o valor da indenização será doado a uma instituição de caridade.

Ainda cabe recurso à decisão.

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