Economia
Ibovespa fecha em alta e dólar recua com possível reaproximação entre Brasil e EUA
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Ibovespa fecha em alta histórica e dólar cai com sinalização de reaproximação entre Brasil e EUA
O Ibovespa encerrou a terça-feira (23) em alta de 0,91%, aos 146.424,94 pontos, impulsionado principalmente pelos papéis da Petrobras, Itaú e Banco do Brasil. Durante o pregão, o índice chegou ao recorde intradiário de 147.178,47 pontos, recuando depois para 145.106,58 no pior momento do dia. O volume financeiro foi de R$ 20,5 bilhões.
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O movimento positivo no mercado refletiu declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a Assembleia Geral da ONU. Trump afirmou que se encontrará com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana e elogiou o líder brasileiro, sugerindo um possível realinhamento diplomático entre os dois países.
“Ele pareceu ser uma pessoa muito boa. Tivemos uma boa conversa e concordamos em nos reunir na semana que vem”, declarou Trump.
A fala amenizou temores no mercado sobre possíveis sanções adicionais contra o Brasil, após meses de tensões com Washington.
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No câmbio, o dólar à vista caiu 1,11%, encerrando a sessão cotado a R$ 5,2787 — o menor patamar desde 6 de junho de 2024, quando estava em R$ 5,2493. No acumulado do ano, a moeda norte-americana já registra queda de 14,57%.
A participação de Lula na ONU gerava apreensão entre investidores, especialmente após a escalada de medidas adotadas pelos EUA. Em julho, Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, justificando a decisão com base na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Já na segunda-feira (22), os EUA anunciaram sanções contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, relator no Supremo Tribunal Federal (STF) dos processos envolvendo Bolsonaro.
Durante seu discurso na ONU, Lula criticou sanções unilaterais, sem citar diretamente os Estados Unidos.
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“Sanções arbitrárias têm se tornado frequentes, e os ideais que inspiraram a criação da ONU estão ameaçados”, afirmou o presidente.
No cenário interno, a divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) também influenciou positivamente o mercado. O Banco Central indicou que a taxa Selic será mantida em 15% por um período prolongado, apontando para um “novo estágio” da política monetária. O diferencial de juros em relação aos Estados Unidos, ampliado após cortes promovidos pelo Federal Reserve, favoreceu a valorização do real frente ao dólar.
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