Economia
Rombo bilionário! Correios afundam no pior prejuízo em quase 10 anos! Saiba por quê
Correios registram prejuízo de R$ 2,6 bilhões em 2024, maior rombo desde 2016
Os Correios divulgaram nesta sexta-feira (9), no Diário Oficial da União, o balanço financeiro de 2024, revelando um prejuízo de R$ 2,6 bilhões. Trata-se do pior desempenho da estatal desde 2016, ano em que o rombo, corrigido pela inflação, foi de R$ 2,3 bilhões.
O prejuízo de 2024 representa um salto expressivo em relação a 2023, quando a empresa teve perdas de R$ 597 milhões. Após reclassificação contábil, esse valor foi revisado para R$ 633 milhões. A mudança visou alinhar os dados às normas exigidas pelos órgãos reguladores.
Apenas 15% das agências operam com superávit
Entre os principais fatores do resultado negativo está o desempenho das unidades de atendimento. Das 10,6 mil agências espalhadas pelo país, apenas 15% fecharam o ano com saldo positivo. A grande maioria operou com gastos superiores à arrecadação.
Apesar da crise financeira, os Correios destacaram a manutenção do acesso universal aos serviços postais, atendendo a todos os 5,5 mil municípios brasileiros. Segundo a estatal, mesmo com o alto custo de operação, as tarifas permanecem acessíveis.
Investimentos bilionários e foco em sustentabilidade
Em paralelo ao prejuízo, os Correios anunciaram investimentos robustos. Em 2024, os aportes somaram R$ 830 milhões, elevando para R$ 1,6 bilhão o total aplicado nos últimos dois anos. Os recursos foram direcionados à renovação da frota e à modernização da infraestrutura.
A empresa também reforçou seu compromisso com práticas sustentáveis. No ano passado, adquiriu 50 furgões elétricos, 2,3 mil bicicletas elétricas, 3,9 mil bicicletas com baú e 1,5 mil veículos convencionais. Os itens integram o plano ambiental de cinco anos da companhia.
A estatal declarou que a sustentabilidade seguirá como eixo estratégico:
“A sustentabilidade continuará a ser tema central em nosso dia a dia. Esperamos evoluir ainda mais em nossos propósitos de caráter social e ambiental”, afirmou em nota oficial.
Receita em queda e aumento dos custos operacionais
A receita líquida dos Correios também caiu. Em 2024, a arrecadação com serviços atingiu R$ 18,9 bilhões, abaixo dos R$ 19,2 bilhões de 2023. Este foi o menor valor desde 2020.
Enquanto isso, os custos operacionais aumentaram. Subiram de R$ 15,2 bilhões para R$ 15,9 bilhões. Despesas com pessoal cresceram significativamente, passando de R$ 9,6 bilhões para R$ 10,3 bilhões. O Acordo Coletivo de Trabalho impactou diretamente, adicionando R$ 550 milhões aos gastos, além do reajuste no vale-refeição, que somou R$ 41 milhões.
As despesas administrativas também bateram recorde, totalizando R$ 4,7 bilhões — um aumento de R$ 655 milhões em relação ao ano anterior.
Déficit financeiro agrava situação
O resultado financeiro contribuiu para aprofundar a crise. Em 2024, a estatal registrou déficit de R$ 379 milhões. No ano anterior, havia tido superávit de R$ 44 milhões. As despesas financeiras alcançaram R$ 846 milhões, enquanto as receitas com aplicações ficaram em R$ 466 milhões.
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