Justiça
Temer quebra o silêncio e sai em defesa de Alexandre de Moraes
Temer defende Alexandre de Moraes no julgamento dos atos de 8 de janeiro
O ex-presidente Michel Temer defendeu, nesta quarta-feira (14), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Temer, o magistrado — indicado por ele à Corte em 2017 — não age de forma radical, como sugerem aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Temer afirmou que Moraes busca pacificar o país ao conduzir os processos contra os réus dos atos do 8 de janeiro. Ele reconheceu que o Congresso tem competência para conceder perdão, mas considera mais eficaz a revisão de penas pelo Supremo.
“Daqueles do 8 de janeiro, ele já liberou muita gente. Fez o que deveria no momento certo, garantindo as eleições, e agora trabalha pela pacificação. Aquelas penas de 14, 15, 17 anos devem ser reduzidas. E isso está começando a acontecer”, declarou o ex-presidente.
As declarações ocorrem em meio à pressão da oposição pela anistia dos condenados pelos atos na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Temer destacou que Moraes não cede a pressões políticas, mas toma decisões com base no cenário institucional. “O Brasil deve muito a ele. Agiu com coragem jurídica e pessoal no TSE para garantir as eleições”, disse.
Indicação ao STF e histórico no governo
Alexandre de Moraes chefiou o Ministério da Justiça durante o governo Temer. Em 2017, assumiu o cargo de ministro do STF após a morte de Teori Zavascki em um acidente aéreo.
Temer também citou os casos de Fernando Collor e Roberto Jefferson, que passaram a cumprir pena em casa, como indício de que Moraes age com moderação, e não por viés ideológico.
Articulação política para 2026
O ex-presidente ainda comentou sua movimentação política visando as eleições de 2026. Ele tenta articular uma frente de governadores de centro-direita e rechaçou as críticas de que estaria excluindo Jair Bolsonaro do processo.
“Bolsonaro tem prestígio eleitoral e não pode ser ignorado”, concluiu.
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