STF exige justificativa de Bolsonaro para comparecer à posse de Trump
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), requisitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que se pronuncie sobre o pedido de autorização feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para viajar aos Estados Unidos. A solicitação tem como justificativa o convite do presidente eleito norte-americano, Donald Trump, para sua posse, prevista para 20 de janeiro, em Washington.
O ex-presidente, que teve seu passaporte retido em fevereiro do ano passado em razão da Operação Tempus Veritatis, tenta comprovar a autenticidade do convite. Essa operação da Polícia Federal (PF) investiga um suposto plano de tentativa de golpe de Estado, no qual Bolsonaro já foi indiciado.
Defesa de Bolsonaro tenta legitimar convite por e-mail
Cobrado por Moraes a apresentar um convite formal, Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (13) que o único registro do convite foi um e-mail enviado pelo cerimonial do evento. Para o ministro, no entanto, a comprovação de que Bolsonaro está na lista de convidados é imprescindível antes de tomar qualquer decisão sobre a autorização para sua saída do país.
Segundo o comunicado da defesa ao STF, o e-mail foi enviado por um endereço oficial da equipe cerimonial responsável pela posse de Trump. O domínio citado, “t47inaugural.com”, foi apontado como legítimo, e a mensagem veio acompanhada de uma tradução juramentada para reforçar a autenticidade do documento.
Estratégia jurídica de Bolsonaro conta com uma equipe robusta
A defesa do ex-presidente é conduzida por uma equipe de sete advogados, liderada pelos criminalistas Paulo Amador da Cunha Bueno e Celso Sanches Vilardi. Eles buscam sustentar que o convite recebido atende aos critérios formais e que a viagem de Bolsonaro é motivada exclusivamente pela cerimônia de posse de Trump.
Apesar das explicações apresentadas, Moraes mantém sua postura criteriosa, exigindo mais elementos que comprovem a idoneidade do convite. A situação expõe o grau de tensão entre o STF e Bolsonaro, enquanto a PGR segue analisando o caso.
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