Tragédia no Amazonas: Avião desaparecido é encontrado com mortes confirmadas

Após cinco dias de buscas, destroços do avião desaparecido no Amazonas foram encontrados

Após cinco dias de intensas buscas, os destroços do avião de matrícula PT-JCZ, desaparecido em Manicoré, no interior do Amazonas, foram finalmente localizados na última quarta-feira (25). A aeronave foi encontrada em uma região de floresta densa e de difícil acesso, de acordo com comunicado oficial da prefeitura local.

As autoridades confirmaram a morte de duas pessoas: o piloto Rodrigo Boer Machado e o passageiro Breno Braga Leite. A operação envolveu equipes da Força Aérea Brasileira (FAB) e das forças de segurança estaduais, que localizaram e removeram os corpos em uma área de mata fechada. Os corpos foram transportados para o necrotério do hospital de Manicoré, cidade que fica a 332 quilômetros de Manaus.

A FAB informou que as operações somaram mais de 18 horas de voo, cobrindo cerca de 2.594 km² com o auxílio das aeronaves SC-105 Amazonas e H-60 Black Hawk. Detalhes revelaram que o avião não tinha um plano de voo registrado. O último sinal captado pelo GPS Garmin do piloto indicou uma posição ao sudeste de Manicoré, antes do desaparecimento.

A queda ocorreu no dia 20 de dezembro, próximo à comunidade Boca do Rio, localizada a cerca de 7 km do centro de Manicoré. Relatos de moradores locais indicam que a aeronave apresentava problemas antes do acidente. Raimunda, uma das testemunhas, descreveu a situação:
“Estávamos tomando café e ouvimos o avião com uma ‘zoada’ estranha. Parecia que estava falhando. Levantei da mesa e, segundos depois, só escutamos o estrondo.”

Rodrigo Boer Machado, de 29 anos, era natural de Fernandópolis (SP) e morava em São José do Rio Preto (SP). Ele estava no Amazonas a trabalho, mas não divulgou detalhes sobre a missão. O passageiro Breno Braga Leite também teve sua identidade confirmada, mas poucas informações foram reveladas sobre ele.

O acidente será investigado pelo Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VII) e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). As equipes já iniciaram a coleta de dados e a análise do ocorrido.

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