Economia
Juros disparam no Brasil! Banco Central eleva taxa ao nível mais alto desde 2006
Banco Central eleva taxa Selic para 14,75%, maior patamar desde 2006
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (7), elevar a taxa básica de juros de 14,25% para 14,75% ao ano. O aumento de 0,5 ponto percentual levou a Selic ao maior nível desde julho de 2006, ainda durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão foi unânime entre os diretores, incluindo o atual presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Segundo o comunicado oficial, o cenário internacional e o descontrole fiscal interno pesaram na decisão. “O ambiente externo é adverso e incerto”, afirmou o comitê, citando a política econômica dos Estados Unidos como um fator de risco global.
O tarifaço implementado pelo então presidente americano Donald Trump continua afetando o comércio global e pressionando os preços em países como o Brasil. Além disso, o Copom destacou que o aumento dos gastos públicos agrava o quadro inflacionário interno, exigindo medidas mais firmes do BC.
Estratégia do Banco Central mira conter inflação
Essa foi a sexta alta consecutiva da taxa Selic. O Banco Central tem adotado uma política de aperto monetário com o objetivo de conter a inflação, mesmo diante de uma economia doméstica ainda aquecida. Segundo o relatório do BC, a atividade econômica segue acima do considerado adequado, o que justifica a manutenção de juros elevados.
O economista André Perfeito classificou a medida como “cautelosa”, mas destacou que o mercado financeiro segue desconfiado. “Não há garantia de que a taxa não suba novamente em breve. A Faria Lima já especula um possível aumento para 15% em junho”, afirmou.
Inflação segue pressionada por fatores internos e externos
O Copom alertou que, apesar dos esforços, os sinais de desaceleração ainda são fracos. Entre os principais fatores que mantêm a inflação elevada, o BC apontou:
- crescimento econômico acima do esperado;
- mercado de trabalho aquecido;
- aumento significativo dos gastos públicos.
Com a inflação resistente, o Banco Central afirmou que a próxima reunião exigirá cautela redobrada. Ainda há incertezas sobre os efeitos plenos da política monetária atual.
Impactos no crédito e no consumo
A elevação da Selic afeta diretamente outras taxas de juros no país, como as de financiamentos, empréstimos e cartões de crédito. Com o crédito mais caro, o consumo tende a desacelerar, o que impacta a atividade econômica como um todo.
A estratégia do Banco Central pode gerar efeitos colaterais, como retração no crescimento e aumento do custo de vida para a população. Ainda assim, a autoridade monetária mantém o foco no controle da inflação, mesmo diante das consequências para o bolso do brasileiro.
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