USP Revela Número de Manifestantes em Copacabana

Na manhã de domingo (16), o Rio de Janeiro foi palco de uma significativa manifestação pró-anistia em Copacabana, convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), cerca de 18,3 mil pessoas marcaram presença. O ato visava pleitear anistia para aqueles envolvidos nos eventos de vandalismo do dia 8 de janeiro de 2023, uma data que permanece notória pelos ataques a instituições estatais.

A equipe do Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP utilizou fotografias aéreas e software avançado de inteligência artificial para calcular a participação. As fotos, tiradas em quatro momentos distintos das 10h até o meio-dia, permitiram uma análise detalhada e sem sobreposições, registrando o pico de presença exatamente ao meio-dia com 66 imagens capturadas.

A manifestação causou a interdição de parte da Avenida Atlântica, entre as ruas Barão de Ipanema e Xavier da Silveira. Este evento acontece uma semana antes de uma importante sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), onde a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentará uma denúncia que pode implicar o ex-presidente Bolsonaro em uma tentativa de golpe.

A precisão do método Point to Point Network (P2PNet) utilizado para a contagem foi de 72,9% com uma acurácia de 69,5%, admitindo um erro percentual médio de 12% para grupos maiores que 500 pessoas.

Diversas figuras políticas notáveis estiveram presentes, incluindo Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), os governadores Cláudio Castro (PL-RJ) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), além do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG). A mobilização foi também um palco para discursos que apoiavam a causa da anistia, e contou com organização e financiamento do pastor evangélico Silas Malafaia, um conhecido aliado de Bolsonaro. Este marcou o terceiro grande evento promovido por Malafaia ao lado do ex-presidente, seguindo manifestações anteriores na Avenida Paulista, em São Paulo.

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PGR Recusa Apurar Gastos de Janja

O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, decidiu nesta quinta-feira (13) arquivar as solicitações de investigação relacionadas aos gastos de Rosângela da Silva, conhecida como Janja, primeira-dama do Brasil. Esses pedidos foram inicialmente apresentados por membros da oposição, que questionavam a legalidade dos gastos. Gonet, entretanto, afirmou que não existem evidências de atos ilícitos ou de irregularidades civis e penais que justifiquem uma ação investigativa pelo Ministério Público.

Em sua fundamentação, Gonet declarou que a atuação de Janja em eventos oficiais não representa uma interferência imprópria na gestão pública ou uma violação da soberania nacional. Ele reforçou que é prerrogativa do presidente da República designar seu cônjuge para atos protocolares quando necessário, visando fortalecer as relações diplomáticas do Brasil.

O Procurador-Geral ressaltou que essa prática de envolvimento de primeiras-damas em compromissos oficiais não é nova, citando o exemplo histórico de Darcy Vargas, esposa do ex-presidente Getúlio Vargas, que teve papel ativo na Legião Brasileira de Assistência (LBA), uma organização com foco em assistência social.

Além disso, Gonet destacou que as denúncias recebidas não indicam qualquer desvio de recursos públicos. Segundo ele, os questionamentos se baseiam em descontentamentos com os custos das atividades da primeira-dama, que foram devidamente divulgados. Concluiu afirmando que, no presente caso, não há questões de legalidade que necessitem de investigação pelo Ministério Público.

Recentemente, os gastos da primeira-dama voltaram a ser assunto de debate após o governo federal ter custeado, em fevereiro, sua viagem a Roma para uma reunião do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), que também contou com a presença do Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, e assessores. Essa viagem custou aproximadamente R$ 260 mil aos cofres públicos. Outra viagem de destaque foi a de Janja às Olimpíadas de Paris no ano anterior, que teve um custo de R$ 83,6 mil e incluiu tratamento de chefe de Estado ao desembarcar na França.

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Michelle Bolsonaro não Participará de Evento Político em Copacabana

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, afiliada ao PL, não comparecerá ao lado do esposo, Jair Bolsonaro, na manifestação que ele organiza neste domingo (16/3) em Copacabana, no Rio de Janeiro.

Michelle Bolsonaro recentemente passou por um procedimento cirúrgico. A cirurgia, realizada pouco antes do Carnaval, requer cuidados pós-operatórios específicos, como evitar grandes aglomerações e esforço físico, como subir escadas. Tais precauções são essenciais para assegurar uma recuperação sem complicações, razão pela qual Michelle optou por não participar do evento.

Durante a manifestação, a vereadora de Fortaleza e vice-presidente do PL Mulher, Priscila Costa, representará Michelle Bolsonaro. Desde janeiro de 2025, Priscila tem ganhado destaque no cenário político, e sua escolha para representar Michelle é vista como uma extensão da influência política da ex-primeira-dama, mesmo de forma indireta.

O foco da manifestação em Copacabana é a defesa da anistia aos condenados pelas invasões das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. Este evento faz parte de uma série de movimentações dos apoiadores de Jair Bolsonaro, que visam destacar questões políticas e judiciais que consideram injustas. Espera-se que a presença de Bolsonaro reforce essas mensagens, além de sua participação em uma motociata no Rio e entrevistas programadas em São Paulo.

A ausência de Michelle Bolsonaro em eventos públicos tem provocado debates sobre seu impacto na dinâmica política do PL e nas ações de Jair Bolsonaro. Apesar de sua presença física ser notável, sua representação por Priscila Costa assegura a continuidade de sua influência. O cuidado com sua saúde é priorizado, permitindo que Michelle Bolsonaro mantenha seu papel relevante nos bastidores.

A ausência temporária de Michelle Bolsonaro em eventos públicos, como a manifestação em Copacabana, não diminui sua influência política, que se mantém por meio de representantes como Priscila Costa.

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