Prisão de assessor expõe novos indícios de corrupção na política
A Polícia Federal prendeu, na última sexta-feira (17), um assessor do deputado federal Antônio Doido (MDB-PA) durante uma operação em Belém, no Pará. O servidor, que ocupava o cargo de secretário parlamentar no gabinete do deputado, foi surpreendido transportando R$ 1 milhão em espécie. Para um cargo que teoricamente deveria zelar pela transparência, a situação não deixa de ser, no mínimo, irônica.
A abordagem aconteceu em um veículo onde o assessor estava acompanhado de um representante comercial de uma empresa que possui contratos com prefeituras paraenses. Dentro de uma mochila, a PF encontrou o montante milionário. Ambos foram detidos, mas, para surpresa de poucos, acabaram liberados no dia seguinte. No domingo, a exoneração do assessor da Câmara dos Deputados foi confirmada.
O deputado Antônio Doido manteve seu silêncio habitual em relação ao caso, enquanto as defesas dos envolvidos também optaram por não se manifestar – possivelmente aguardando que as águas turbulentas da opinião pública se acalmem.
Denúncia anônima desencadeia investigação
As investigações da PF tiveram início após uma denúncia anônima revelar que uma quantia de R$ 1 milhão havia sido sacada de uma conta empresarial com o objetivo de pagar propinas a servidores públicos. Monitorando o representante comercial, os agentes observaram a troca de veículo e a transferência da mochila com o dinheiro. Foi neste momento que o assessor do deputado entrou em cena.
Durante a abordagem, além do montante encontrado na mochila, a PF localizou mais R$ 100 mil no automóvel do representante comercial, totalizando impressionantes R$ 1,1 milhão em espécie. Segundo a juíza responsável pela homologação das prisões, há fortes indícios de corrupção e lavagem de dinheiro.
O nome de Antônio Doido novamente na mira da PF
O deputado Antônio Doido não é estranho às páginas policiais. Em outubro do ano passado, seu nome foi associado a uma operação onde R$ 4,98 milhões foram apreendidos em Castanhal (PA). Na ocasião, três homens foram presos após sacarem o montante em uma agência bancária. Dois dos suspeitos alegaram que parte do dinheiro seria destinada ao pagamento de funcionários de uma fazenda pertencente ao deputado.
Curiosamente, o episódio ocorreu em pleno período eleitoral, quando Antônio Doido disputava a prefeitura de Ananindeua. A PF apontou indícios de que o dinheiro poderia ter sido usado para compra de votos. No fim, os suspeitos foram autuados por associação criminosa, enquanto a operação resultou na apreensão de veículos e celulares.
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