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Escalada diplomática: Governo Lula cogita cancelar vistos de autoridades dos EUA

Governo Lula cogita retaliação a decisão dos EUA envolvendo Moraes e o STF
Ministros ligados ao Palácio do Planalto estão preparando uma proposta a ser apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para responder à recente decisão dos Estados Unidos de cancelar os vistos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de seus familiares e aliados. A medida norte-americana, anunciada nesta sexta-feira (18) pelo secretário de Estado Marco Rubio, teve aplicação imediata.
Como forma de retaliação, o governo brasileiro avalia restringir a entrada no país de autoridades norte-americanas próximas ao presidente Donald Trump, além de considerar a suspensão de vistos de dirigentes de grandes empresas de tecnologia — as chamadas big techs.
Fontes do alto escalão afirmam que a iniciativa é tratada como um ato de “reciprocidade diplomática”. A proposta busca atingir diretamente integrantes do núcleo duro da administração republicana, que tem adotado uma postura crítica ao STF e ao governo Lula, especialmente após medidas judiciais impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Um dos ministros envolvidos na articulação afirmou que o cancelamento de vistos de membros da Suprema Corte representa uma “interferência externa grave”, o que, na avaliação do governo, exige uma resposta firme do Executivo brasileiro. A intenção é aplicar medidas contra figuras ligadas ao círculo político de Trump e contra executivos de plataformas digitais que, segundo o governo, estariam contribuindo para campanhas de desinformação e ataques a instituições brasileiras.
A crise diplomática se aprofundou após o endurecimento das decisões do STF contra Bolsonaro, o que gerou reações públicas de Donald Trump em defesa do aliado brasileiro. Em seguida, os Estados Unidos anunciaram o cancelamento dos vistos de Moraes e de outros ministros, sob a justificativa de violações à liberdade de expressão.
Diante do impasse, o Itamaraty ainda não se manifestou oficialmente sobre os próximos passos. Já o Planalto considera a possibilidade de retaliação como uma forma de preservar a soberania nacional e o equilíbrio institucional.
A inclusão de executivos das big techs na proposta de restrição também demonstra o desconforto do governo com a atuação dessas plataformas durante as eleições e em episódios recentes de instabilidade política no país.
A proposta será discutida com o presidente Lula antes de qualquer formalização. Se confirmada, a medida representará a ação diplomática mais dura do atual governo contra os Estados Unidos desde o início do novo mandato de Trump.
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