Campos Neto alerta sobre o aumento de custos e informalidade com o novo projeto
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, expressou, durante o 12° Fórum Liberdade e Democracia, sua preocupação com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada por Erika Hilton (PSOL-SP). A PEC propõe a eliminação da jornada de trabalho 6×1 e a redução da carga horária semanal de 44 para 36 horas. Segundo Campos Neto, essas mudanças poderiam não apenas aumentar o custo das contratações, mas também impulsionar a informalidade no mercado de trabalho, afetando negativamente a produtividade nacional.
Campos Neto destacou que a proposta “é bastante prejudicial para o trabalhador”, pois, ao elevar o custo do trabalho, incentiva práticas de contratação menos formais e mais voláteis. Em sua fala, o presidente do Banco Central argumentou que tal medida poderia distanciar o Brasil das práticas de mercado eficientes e robustas, prejudicando a competitividade do país no cenário internacional.
Adicionalmente, em seu discurso, Campos Neto salientou a importância de uma gestão fiscal responsável. “É difícil ter juros estruturais mais baixos se o fiscal não estiver organizado”, afirmou, enfatizando que sem um ajuste efetivo nos gastos públicos, o risco-país pode aumentar, elevando consequentemente os custos de crédito e afetando a estabilidade econômica.
A PEC de Erika Hilton, embora busque alinhar o Brasil às práticas trabalhistas modernas e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, tem dividido opiniões e provocado intensos debates nas redes sociais e entre especialistas em economia e direito trabalhista.
Enquanto algumas vozes no campo político e social veem na proposta um avanço para os direitos dos trabalhadores, outras, como Campos Neto, alertam para as possíveis consequências econômicas adversas, ressaltando que a realidade fiscal e produtiva do país deve ser considerada nas decisões legislativas para evitar efeitos contraproducentes.
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