Diretor da PF liga Bolsonaro a conhecimento de ‘Trama Golpista’

Na última quarta-feira, o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, jogou uma bomba política ao declarar que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava por dentro de um audacioso plano para se manter no poder. Segundo Rodrigues, Bolsonaro não só sabia da tentativa de golpe de Estado, como também tinha suas digitais nas articulações dessa “trama golpista”.

“Todos os elementos de prova sugerem claramente que o ex-presidente não era um mero espectador, mas um participante ativo”, declarou Andrei, durante uma entrevista no Instituto Nacional de Criminalística (INC). As provas incluem desde depoimentos até trocas de mensagens, registros de impressoras, e entradas documentadas no Palácio do Planalto. “É uma investigação robusta, ancorada em fatos sólidos”, enfatizou ele.

O relatório da PF não poupa detalhes e afirma que Bolsonaro “planejou, executou e comandou pessoalmente os atos realizados pela organização criminosa, que visava a subversão do Estado Democrático de Direito”. No entanto, os planos foram frustrados por fatores fora do controle do grupo.

Andrei destacou que as investigações focaram nos atos concretos dessa conspiração e que novas diligências estão em andamento, incluindo a operação “Contragolpe”, que já resultou na apreensão de diversas mídias. O ministro Alexandre de Moraes também ordenou novas oitivas, demonstrando que as águas ainda estão agitadas.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, será ouvido novamente pela PF sob ordem de Moraes, após indícios de possíveis omissões e contradições em seus depoimentos anteriores. Ao mesmo tempo, no Congresso, a tensão também escala. Marcel Van Hattem (NOVO) desafiou abertamente Andrei Rodrigues durante uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

“Se você acha que estou cometendo um crime, por que não me prende agora mesmo?”, provocou Van Hattem, após acusar o delegado Fábio Shor de ser um “abusador de autoridade”.

Em um apelo dramático, Bolsonaro pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma “anistia” para os envolvidos nos atos “golpistas” de 8 de janeiro. “Para trazer paz ao Brasil, é necessário que alguém faça concessões. Quem deveria ceder? O senhor Alexandre de Moraes”, declarou Bolsonaro, pedindo aos ministros do STF que reconsiderem e busquem uma solução pacífica.

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