Líder da oposição critica ligação entre suicida e ‘gabinete do ódio’ feita por Moraes
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou duramente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira, 14, após o magistrado vincular o suicídio ocorrido na Praça dos Três Poderes ao chamado “gabinete do ódio”, ligado à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita em meio à discussão sobre o projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Marinho destacou seu desacordo com a afirmação de Moraes, que associou o episódio ao “gabinete do ódio”, e questionou a imparcialidade do magistrado. “Fico triste ao ver o ministro, já pela manhã, declarar que esse caso lamentável seja fruto de gabinete do ódio”, afirmou o senador, enfatizando que a Justiça deve se debruçar sobre os fatos antes de tirar conclusões precipitadas. “Pergunto onde está a sua imparcialidade”, completou.
Proposta de anistia como solução para pacificação
O parlamentar reforçou seu apoio ao projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro, destacando a importância de uma solução política para pacificar o país. “Mais do que nunca, está na hora de pacificar o país, de se distensionar o processo. E a solução política está dentro do Congresso Nacional, com a anistia”, declarou.
Divergência de opiniões sobre a pacificação
Enquanto Marinho defendeu a anistia como caminho para o equilíbrio nacional, Moraes apresentou uma perspectiva oposta, afirmando que a pacificação depende da responsabilização dos envolvidos nos crimes. Segundo Moraes, a impunidade pode gerar novos episódios de agressão às instituições. “O contexto se iniciou lá atrás, quando o ‘gabinete do ódio’ começou a destilar discurso de ódio contra as instituições, contra o STF, principalmente contra a autonomia do Judiciário”, disse o ministro.
Comparações com outros casos de repercussão
Marinho também fez uma comparação entre o tratamento dado a Francisco Wanderley Luiz, autor do suicídio em Brasília, e Adélio Bispo, responsável pelo atentado contra Jair Bolsonaro. Ele apontou disparidades na condução dos casos e questionou a falta de benefício da dúvida no caso de Francisco. “Todos os solidários com quem poderia ter sido atingido por esse episódio, cuja grande vítima foi o próprio autor”, ressaltou.
No âmbito das investigações, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, indicou que Alexandre de Moraes pode assumir a apuração dos acontecimentos, caso haja conexão com os inquéritos sobre os atos de 8 de janeiro. “Se houver conexão com algum inquérito em curso, será distribuído por prevenção”, explicou Barroso.
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