Deputados recuam e pedem perdão após votar PEC da Blindagem

Deputados que votaram a favor da PEC da Blindagem agora pedem desculpas

Após a aprovação da PEC das Prerrogativas — também chamada de PEC da Blindagem —, diversos deputados que inicialmente votaram a favor da proposta recuaram, pedindo desculpas públicas aos eleitores. As retratações vieram por meio de vídeos e notas oficiais, nas quais os parlamentares reconhecem o erro e prometem atuar para reverter os efeitos da medida.

O deputado Pedro Campos (PSB-PE), da base governista, foi um dos que admitiram a falha. Segundo ele, o voto foi motivado pelo receio de que a proposta abrisse caminho para a anistia ampla e prejudicasse pautas do governo.
“Parte da esquerda buscou mitigar os danos e conseguiu retirar pontos absurdos do texto, como a exigência de autorização da Polícia Federal para investigar parlamentares. Mas reconheço que não escolhemos o melhor caminho. Perdemos nas duas votações: da PEC e da anistia”, afirmou Campos.

Em vídeo, o parlamentar demonstrou frustração com o resultado e anunciou que protocolou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o que classificou como “manobra” para reintroduzir o voto secreto na proposta.

Outro a se desculpar foi o petista Merlong Solano (PI). Ele classificou seu voto como um “grave equívoco” e afirmou que a decisão teve motivação tática.
“Peço desculpas ao povo do Piauí e ao PT pelo erro ao votar a favor da PEC das Prerrogativas. Buscávamos preservar o diálogo com a presidência da Câmara, mas o acordo foi rompido”, explicou.

Merlong também assinou um mandado de segurança, junto ao STF, pedindo a anulação da votação conduzida pela Mesa Diretora da Câmara.

Já o deputado Thiago de Joaldo (PP-SE) criticou a aprovação da proposta e reconheceu que a Casa “errou na mão”.
“Divergências são normais no parlamento, mas nesse caso é preciso admitir o erro. O remédio adotado foi mais letal do que o problema que se queria resolver”, declarou.

Joaldo justificou seu voto como defesa da liberdade de expressão dos parlamentares, mas negou qualquer intenção de blindar criminosos.
“Nunca tive compromisso com o erro. Peço desculpas e atuarei com outros parlamentares para derrubar essa PEC no Senado”, concluiu.

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