Estadão critica o marketing do governo Lula
O jornal Estadão, em sua edição de segunda-feira (18), lançou um duro editorial sobre o atual governo liderado por Luiz Inácio Lula da Silva, destacando um diagnóstico equivocado por parte do executivo a respeito da queda na popularidade do presidente. De acordo com o jornal, a administração petista atribuiu o aumento da insatisfação popular a falhas de comunicação, planejando uma reformulação nas estratégias de marketing.
A reunião ministerial conduzida por Lula nesta segunda visa “exigir resultados” de sua equipe, em um esforço para reverter o declínio em sua popularidade. Este movimento segue uma série de encontros, incluindo uma discussão com o publicitário Sidônio Palmeira, responsável pela campanha de 2020, após pesquisas revelarem um aumento na reprovação do presidente.
Rui Costa, Ministro da Casa Civil, expressou em entrevista à GloboNews a necessidade de “alcançar as pessoas com informações corretas” e reduzir a distância entre o governo e os usuários de WhatsApp. O Estadão, contudo, ressalta que tal perspectiva minimiza os problemas substantivos enfrentados pela administração, incluindo a falta de pacificação e o agravamento da polarização política.
Ao responsabilizar a comunicação pelas crises, e não as ações do governo, Costa perpétua a noção de que a falha comunicacional é o bode expiatório tradicional dos governos, ignorando as deficiências evidentes na comunicação do governo Lula, como desconhecimento do ambiente digital e justificativas inadequadas para as ações do presidente.
O Estadão conclui afirmando que o marketing político e a comunicação oficial não podem compensar as falhas intrínsecas de um “produto” governamental. “Na ausência de um bom produto, nenhuma estratégia de comunicação pode convencer o público da qualidade da gestão”, argumenta o jornal, descrevendo o governo como desatualizado e inadequado para as complexidades e expectativas da sociedade brasileira.
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