Política Tributária do Governo Lula Recebe Críticas Fortes do Varejo
João Pinheiro Nogueira Batista, o presidente da renomada rede de varejo, Lojas Marisa (AMAR3), expressou sua indignação perante as recentes decisões do governo Lula. Classificou a reunião ocorrida no último sábado (1º), com Fernando Haddad, o atual Ministro da Fazenda, e representantes das redes varejistas, como “sui generis”.
Na sexta-feira anterior, a Fazenda publicou uma portaria que pegou o setor de surpresa, isentando compras internacionais de até US$ 50 de impostos de importação. Segundo Nogueira Batista, essa decisão foi como um banho gelado a céu aberto em um setor já afetado por uma forte crise econômica.
Mudança de Posicionamento Surpreende Setor Varejista
Nogueira Batista destacou a notável alteração no posicionamento de Haddad em relação a encontros anteriores com o setor. “O Ministro prometeu exatamente o oposto do que foi publicado, mas parece ter perdido forças na batalha contra o contrabando”, relatou o executivo.
O presidente da Marisa expressou sua confusão e desapontamento com a decisão do governo, que segundo ele, resultou na legalização de práticas comerciais anteriormente consideradas contrabando. Ressaltou ainda a importância do setor varejista na geração de empregos formais e na manutenção de padrões de qualidade nos produtos.
Consequências Econômicas da Nova Portaria
Para Nogueira Batista, a recente portaria não só contraria esses princípios, mas também oficializa importações anteriormente classificadas como contrabando. Isso incentiva as vendas em plataformas internacionais, como a Amazon, ao mesmo tempo que diminui a arrecadação fiscal do governo.
Apesar das críticas do setor varejista, Haddad afirmou que a portaria representa apenas os primeiros passos para a implementação do plano de conformidade para marketplaces internacionais, e que futuras alterações serão realizadas. Entretanto, diante desse cenário, entidades varejistas já estudam a possibilidade de recorrer à Justiça contra a nova portaria.
Nogueira Batista também mencionou sua surpresa diante da falta de posicionamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em relação à política industrial errática do governo. “É coisa de maluco”, desabafou.
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