Ação de Marcel van Hattem na PGR Contra Lula

Representantes do partido Novo dirigiram-se à Procuradoria-Geral da República (PGR) para registrar uma notícia-crime contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A iniciativa decorre de comentários do presidente, nos quais ele equiparou a contraofensiva israelense em Gaza ao Holocausto perpetrado contra os judeus pelo regime nazista de Adolf Hitler.

Em comunicado oficial, o Novo anunciou que a denúncia seria formalizada pelos deputados, Marcel van Hattem (RS) e Adriana Ventura (SP), além do senador Eduardo Girão (CE). Segundo o partido, as palavras do presidente constituem uma infração, enquadrando-se como crime de racismo devido à sua natureza antissemita.

Marcel van Hattem (Novo-RS) expressou sua indignação em uma publicação no Twitter/X, categorizando a fala do presidente como “criminosa, aberrante e antissemita”. Van Hattem criticou a comparação feita por Lula, considerando-a “completamente deplorável e inexplicável”, ao associar a resposta de Israel aos “ataques covardes do Hamas” às atrocidades cometidas por Hitler durante o nazismo.

Van Hattem prosseguiu, argumentando que Lula deveria ser responsabilizado por suas declarações contra Israel e o povo judeu, denunciando a minimização do Holocausto pelo presidente como uma forma explícita de antissemitismo. O deputado também acusou Lula de tomar medidas contrárias a Israel, citando promessas de enviar recursos adicionais a entidades da ONU, acusadas de facilitar atividades do Hamas contra Israel.

Anteriormente, na sexta-feira, o partido já havia apresentado uma notícia-crime contra o presidente, acusando-o de apoiar o terrorismo ao anunciar fundos adicionais para a agência de refugiados palestinos da ONU, implicada em assistência ao Hamas em um ataque a Israel.

As declarações controversas de Lula ocorreram durante uma coletiva de imprensa na Etiópia, onde ele comparou a situação na Faixa de Gaza com o Holocausto, sugerindo uma equivalência histórica entre os dois eventos. A notícia-crime foi oficialmente protocolada, solicitando investigações formais contra o presidente por suas observações.

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