O anúncio do plano de reestruturação
A Marisa (AMAR3), uma das maiores redes varejistas de moda no Brasil, anunciou em seu plano de reestruturação que 90 lojas serão fechadas em todo o país. Essa medida faz parte de um esforço para reduzir o endividamento e melhorar a estrutura de custos da empresa. Além disso, a família Goldfarb, acionista controladora da Marisa, realizará um aporte de R$ 90 milhões em seu braço financeiro, a MPagamentos, em uma transação já submetida ao Banco Central.
Aporte financeiro e fechamento das lojas
A família Goldfarb se comprometeu a realizar um aporte adicional de R$ 26 milhões até agosto deste ano, caso necessário. O aporte de R$ 90 milhões será realizado em abril, visando reenquadrar a MPagamentos nos índices regulatórios e prudenciais exigidos de instituições financeiras.
O fechamento das 90 lojas, por sua vez, tem um custo estimado de R$ 50 milhões. No entanto, a empresa espera que a redução proporcional de SG&A (Despesas de Vendas, Gerais & Administrativas) possibilite uma geração extra de caixa da ordem de R$ 30 milhões ao ano.
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O papel da nova gestão
A decisão de fechar as lojas e realizar o aporte financeiro decorre da análise realizada pela nova gestão da Marisa, liderada pelo CEO João Pinheiro Nogueira Batista, que tomou posse há pouco mais de um mês. Além disso, a empresa contratou o Lefosse Advogados e a Deloitte Brasil para compor uma comissão externa responsável pela análise de alçadas e práticas contábeis.
Impactos e perspectivas futuras
O fechamento das 90 lojas da Marisa traz consequências significativas para a empresa e seus colaboradores. A medida afeta a presença da marca no mercado, resulta em um número considerável de demissões e pode gerar desconfiança entre os investidores. Contudo, a reestruturação e o aporte financeiro podem ser passos necessários para garantir a recuperação da empresa no longo prazo.
O cenário atual é incerto, mas a Marisa busca se adaptar às mudanças no mercado e reverter a situação. A eficácia das medidas tomadas e o impacto no desempenho da empresa dependerão da execução do plano de reestruturação e da capacidade da nova gestão de enfrentar os desafios do varejo de moda.
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