Bolsonaro denuncia que Mauro Cid foi chantageado para incriminá-lo em delação premiada
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma acusação grave: segundo ele, seu ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, teria sido chantageado para fazer declarações contra ele e sua família. A afirmação veio durante uma entrevista à agência Bloomberg, na qual Bolsonaro também negou qualquer envolvimento em um suposto “golpe de Estado” após as eleições de 2022.
“O que ele disse é um absurdo. Cid está sendo chantageado para dizer essas coisas!” – declarou Bolsonaro, referindo-se à delação de seu ex-assessor, que o teria implicado em um suposto plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
STF mantém delação sob sigilo, mas trechos “vazam” para a imprensa
Curiosamente, os depoimentos de Mauro Cid estão sob sigilo, conforme decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, como sempre acontece em casos que envolvem Bolsonaro, “trechos seletivos” acabaram caindo nas mãos da mídia. No dia 25 de janeiro, o jornal Folha de S. Paulo revelou parte das informações, alegando que Bolsonaro teria discutido com aliados a decretação de estado de sítio para contestar o resultado das eleições.
Não demorou para que a Polícia Federal (PF) entrasse em ação. Em novembro de 2024, Bolsonaro e mais 39 pessoas foram indiciadas sob a acusação de participação em uma suposta “organização criminosa” que teria trabalhado para manter o ex-presidente no poder. Os crimes investigados incluem tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Eduardo Bolsonaro e Michelle são mencionados na delação
A delação de Mauro Cid não parou apenas em Bolsonaro. Seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também foram citados como integrantes de um grupo mais “radical” próximo ao ex-presidente.
Outro nome que apareceu nos depoimentos foi o do senador Jorge Seif (PL-SC), que não perdeu tempo e rechaçou as acusações, classificando-as como “falaciosas, absurdas e mentirosas”.
Coincidência ou perseguição?
A denúncia de Bolsonaro levanta uma questão óbvia: por que apenas figuras ligadas à direita são alvos de vazamentos e processos baseados em delações? Ao mesmo tempo, figuras da esquerda parecem blindadas de qualquer investigação, mesmo quando há suspeitas robustas contra elas.
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