Gleisi Hoffman desqualifica ONG após Brasil cair em ranking de corrupção
Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), questionou a credibilidade da ONG Transparência Internacional, após um relatório anual apontar declínio do Brasil no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023.
O Brasil, segundo o relatório, recuou 10 posições, posicionando-se em 104º lugar entre 180 países. A ONG atribuiu esta regressão tanto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto ao atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), citando iniciativas que teriam como objetivo fortalecer a legitimidade e independência do Judiciário através de nomeações estratégicas.
A Transparência Internacional expressou particular preocupação com a nomeação de Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, para o Supremo Tribunal Federal (STF). Esta decisão foi classificada pela ONG como controversa e alarmante.
Em resposta, Gleisi Hoffmann utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para contestar as alegações da ONG. Ela sugeriu que a Transparência Internacional estaria politicamente motivada contra o PT e Lula, criticando as indicações de Cristiano Zanin e Flávio Dino para o STF, e de Paulo Gonet para a Procuradoria Geral da República (PGR).
A deputada federal também levantou questões sobre a legitimidade das operações da Transparência Internacional. Gleisi acusou a ONG de cumplicidade com Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, figuras centrais da Operação Lava Jato, naquilo que ela descreveu como uma perseguição política contra Lula e o PT. Ela ainda afirmou que os dirigentes da ONG teriam se envolvido em tentativas de apropriação indevida de recursos públicos, algo que, segundo ela, foi impedido pelo STF.
Gleisi exigiu transparência da ONG, pedindo a divulgação de suas fontes de financiamento e detalhes sobre suas interações com Moro e Dallagnol. Segundo a deputada, a Transparência Internacional teria perdido sua credibilidade após as investigações sobre os crimes relacionados à Lava Jato.
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