Bolsonaro intimado pela PF sobre plano de ‘golpe’
Na próxima quinta-feira, dia 22, a Polícia Federal (PF) interrogará o ex-presidente Jair Bolsonaro, focalizando o escrutínio na Operação Tempus Veritatis, destinada a investigar alegações de uma tentativa de golpe de Estado subsequente às eleições de 2022. Este movimento contra Bolsonaro e seus aliados procura esclarecer as intenções por trás das ações do ex-presidente e seu círculo próximo.
De acordo com Fábio Wajngarten, advogado do ex-presidente, a convocação foi anunciada via X/Twitter, indicando a data do depoimento em Brasília, como parte da petição 12100, decorrente de recentes operações da PF. Wajngarten assegurou que a defesa de Bolsonaro está mobilizada para garantir seus direitos constitucionais à ampla defesa.
A investigação destaca um período entre novembro e dezembro de 2022, quando Amauri Saad, advogado, e Filipe Martins, ex-assessor presidencial, apresentaram a Bolsonaro uma “minuta de decreto” que propunha alterações significativas visando à manutenção do poder. Este documento sugeria a prisão de figuras chave do cenário político nacional, incluindo o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, e ministros do STF, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, este último mantido no documento a pedido de Bolsonaro.
A PF também desvendou um vídeo em que Bolsonaro aparentemente instiga ministros a agir independentemente dos resultados eleitorais de 2022, colocando em questão a postura do ex-presidente quanto à democracia. Apesar dessas alegações, a defesa de Bolsonaro nega qualquer intenção de golpe de Estado, referindo-se a uma gravação encontrada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Em adição, documentos encontrados no escritório de Bolsonaro no Partido Liberal indicam outras possíveis tentativas de subversão democrática, segundo a defesa, enviadas por Paulo Amador da Cunha Bueno, advogado, para conhecimento do ex-presidente.
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