Vaticano Permite Homossexuais no Clero com Restrição
A Igreja Católica, sempre em busca de alinhar tradição e modernidade, decidiu abrir as portas dos seminários para candidatos homossexuais. Mas, antes que você acredite em uma revolução progressista, vem a ressalva: homossexuais podem ser padres, contanto que abracem a castidade. Afinal, o compromisso com o celibato segue sendo inegociável, como indicam as novas diretrizes publicadas pela Conferência Episcopal Italiana (CEI).
Em seu documento oficial, a CEI reforça que o foco da formação sacerdotal deve ser a vida celibatária, tratada como “dom divino”. A orientação deixa claro que a Igreja, embora “respeite profundamente” as pessoas envolvidas, não admitirá nos seminários ou nas ordens sagradas aqueles que pratiquem a homossexualidade ou tenham tendências homossexuais “profundamente enraizadas”. Aqui, a mensagem é direta: a porta está aberta, mas com restrições bem definidas.
As novas regras não param por aí. Além de exigirem o compromisso com o celibato, os candidatos ao sacerdócio poderão recorrer a psicoterapia para fortalecer sua formação emocional. Em uma jogada inesperada, a Igreja também anunciou que as mulheres terão um papel mais ativo na avaliação dos futuros sacerdotes, trazendo “a visão e o julgamento femininos” ao processo.
Parece que o Vaticano está tentando atualizar sua abordagem sem abrir mão de seus valores fundamentais. Entretanto, a linha entre modernização e manutenção da tradição permanece tênue.
Nem tudo foi bem recebido. Durante uma reunião interna da CEI, uma declaração do Papa Francisco sobre “muita afeminação” nos seminários gerou indignação. Após a repercussão negativa, o Vaticano se viu obrigado a pedir desculpas públicas, esclarecendo que o pontífice “nunca teve a intenção de ofender”. A frase, no entanto, reacendeu o debate sobre a postura da Igreja em relação à comunidade LGBTQIA+.
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